Thiago e Lu no museu de Inhotim

Essa foi a primeira viagem que fiz junto com a minha namorada, a Luciana.


Confira agora como foi o nosso passeio nesse lugar tão lindo e que fica bem pertinho de nossa capital, Belo Horizonte.

Quando a Lu ainda estudava, ela tinha ido nesse lugar e havia gostado muito, por isso me dediquei em levá-la para lá. O Museu de Arte Contemporânea de Inhotim, em Brumadinho, é um dos maiores museus à céu aberto do mundo, possuindo paisagens lindas e exuberantes e também um acervo de arte que muitas vezes é bem interessante.

Para tanto, primeiramente procurei algumas informações sobre como chegar em Inhotim e o valor dos ingressos, e descobri [que na época - ano de 2013] a terça-feira era o dia em que não cobravam a entrada. Estava desempregado e me dispunha de um orçamento super apertado, mesmo assim estava certo de fazer esse passeio e acabou que ela teria uma folga numa terça-feira de janeiro. Esse foi o dia que escolhi para visitarmos Inhotim.

Sem mais delongas, agora começarei com o relato de nossa viagem:

Terça-feira [22 de Janeiro de 2013]

Nesse dia acordamos bem cedo e pegamos um ônibus que ia até a rodoviária. De lá nós pegamos um ônibus de viagem que foi em direção a Brumadinho. O trânsito estava bem livre e quando assustamos já havíamos chegado em Inhotim.


De cara já achei a paisagem espetacular, com o verde exuberante e cada lagoa uma mais linda do que a outra. Abaixo segue algumas fotos para se ter um pouco de noção de como são as paisagens externas de Inhotim:








Infelizmente cometemos alguns erros que atrapalharam bastante no nosso passeio por lá. Fui com um orçamento super apertado [na realidade eu tinha menos de R$ 60,00 para gastar durante todo o passeio, e isso ainda tinha que durar para a volta a Belo Horizonte e de lá para nossas casas].

Como eu não imaginava que os preços das coisas por lá [principalmente das lojas e dos restaurantes] seriam tão salgados, isso fez com que passássemos um verdadeiro perrengue para podermos nos alimentar e tivemos que andar por um bom pedaço de Inhotim até conseguir comprar um cachorro-quente bem fraquinho com uma lata de Coca-Cola para cada um para não ficarmos com fome!

Outro erro que cometi foi não ter comprado o passe para andar pelo museu usando o carrinho, o que fez com que realmente tivéssemos que andar bastante para ir de uma obra a outra. Como a Lu não é fã de longas caminhadas e já estava um pouco cansada devido ao trabalho dela [nesse época ela trabalhava como caixa de supermercado, tinha pouquíssimas folgas, já havia trabalhado no dia anterior e ainda teria que trabalhar no dia seguinte a esse do nosso passeio], acabou que ela não aproveitou tão bem nossa visita ao Museu de Arte Contemporânea de Inhotim.

Além de poder apreciar a natureza de Inhotim, que é um espetáculo à parte, também é possível ver as obras de arte que estão ao ar livre enquanto se caminha ou visitar as galerias internas, que variam muito de acordo com o artista e a intenção que ele possui para com a sua obra de arte.

Abaixo estou colocando algumas exposições externas que achei bem legais:





[Tive que tirar 4 fotos para captar a imagem acima, que achei um trabalho muito interessante visualmente]

Já as de agora abaixo...




Achei elas muito feias e sem sentido aparente, mal faço ideia do que o artista queria captar colocando imagens tão estranhas na natureza de lá que é tão bela.

Uma coisa que não gostei [achei muita sacanagem por parte da administração de Inhotim] foi que em praticamente todas as galerias tinham umas duas ou três pessoas vigiando as obras o tempo todo, que ficavam sempre pedindo para que ninguém tirasse fotos [então não conseguimos tirar nenhuma foto da parte de dentro das galerias] e sequer chegavam a explicar alguma coisa sobre as obras, isso nos deixou muito no vácuo ao observar várias das galerias. Porém, a primeira coisa que fazem é vender essas mesmas fotos que eles não deixam a gente tirar por pelo menos uns R$ 5,00 lá na entrada [Valores de 2013 - ou mais, não lembro o valor ao certo], o que achei muito desrespeitoso para com o visitante.

Sem contar que com uma pesquisa simples na internet já era possível achar as imagens de algumas das galerias que existem no museu, muitas divulgadas pelo próprio site do Museu de Inhotim ou com o aval deles.

[Ver na internet as fotos das galerias e da natureza na verdade foi o que me motivou a levar a Lu até lá afinal - E vale lembrar ainda que boa parte das exposições deles é temporária, então mesmo que uma pessoa visite Inhotim várias vezes verá praticamente tudo diferente, o que faz com que essa cobrança por não tirar fotos seja totalmente inútil e desnecessária]

Gosto muito de fotografar e acredito que poder tirar as fotos do lugar que visitamos, guardar e editá-las onde a gente quer é uma excelente maneira de recordar cada pedacinho desse lugar que a gente conheceu, o que ficou muito comprometido em Inhotim devido a não deixarem que a gente tirasse essas fotos, muitas vezes sob alegações chulas tipo "pode estragar as obras", algo que não concordo de jeito nenhum.

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ATUALIZAÇÃO DE 2015: Ao que parece, a partir desse ano também deixarão tirar fotos das galerias internas, o que é uma notícia excelente para quem aprecia tirar as fotos do lugar que está visitando.

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Abaixo estarei colocando as fotos de algumas das galerias que consegui achar na internet e lembro de termos visitado em Janeiro de 2013. Não vou colocar na ordem exata que visitamos porque se passou muito tempo desde que fiz essa viagem e não lembro mais a ordem correta, mas pelo menos me esforcei para colocar as mais marcantes.


Acredito que se chama "Desvio para o Vermelho": Achei muito boba porque ao meu ver é só uma sala mobiliada, em que todos os móveis possuem algo de vermelho, algo que qualquer pessoa organizada é plenamente bem capaz de fazer. Por mais que a gente pudesse andar pelo local não acho que valeu a pena enfrentar fila para ver essa obra de arte.


Essa também achamos super estranha, não entendemos nenhum sentido em colocar um azulejo de banheiro totalmente quebrado e com algo que parecia carne saindo dele. Talvez se um dos meninos que nos vigiava para não tirarmos fotos tivesse explicado o sentido dessa obra ia ajudar bastante no entendimento do que o artista queria passar pra gente.


Essa pelo contrário, nós já achamos muito interessante. Toda a galeria ficou repleta de vidro quebrado em minúsculos pedaços no chão [mas lixados de forma que não machucava quem pisava neles] e a medida que se andava pela galeria dava para sentir os sons e o movimento da pessoa mudava, algo que achamos muito interessante!

Galeria da Arte Sinistra: Infelizmente não consegui achar nenhuma foto dessa galeria, mesmo assim achei ela muito interessante. Era basicamente uma sala totalmente escura em que se passavam alguns vídeos repetidos e possuía um som de uma gargalhada estranha que vinha de um palhaço mais ou menos assim:

Rá rá rá rá rá! [Pausava um pouco e continuava] Rá rá rá rá!

Sem contar que o ambiente ainda era cheio de fotos de pessoas disformes, o que aumentava ainda mais o clima macabro da sala. A Lu odiou porque ficou com medo e começou a chorar, pedindo pra sairmos rapidamente daquele local estranho e macabro. Por mais que ela não tenha gostado, acredito que a gente tem que tirar o chapéu para o artista dessa obra, que com certeza conseguiu atingir o público alvo com os sentimentos que ele queria.


Essa do Trator segurando uma árvore foi uma das que achei mais chata. Quem não entende de arte como eu apenas enxerga: - Um trator segurando uma árvore branca, nada mais nada menos! Então achei que nós perdemos tempo visitando essa obra.

Como tivemos que andar por todo o percurso, acabou que perdemos muito tempo nos deslocamentos e isso contribuiu significativamente para vermos uma quantidade de obras bem menor do que alguém que tinha o passe do carrinho, e nisso perdemos algumas que a gente queria ver, como os fuscas coloridos que são quase como um cartão postal de Inhotim, a dos vasinhos de planta com as iniciais dos nomes das pessoas que também é bem legal e a dos espelhos.



Nessa da sala abaixo acredito que saía algum som ao se falar no microfone, não lembro ao certo da obra. Na hora achei ela estranha e sem sentido, mas pensando um pouco em quem sofreu a perda de algum sentido [como a visão por exemplo], faria com que acabasse sendo muito interessante para ela, o que não foi o nosso caso.


Abaixo está a que acredito termos odiado mais:


Andamos realmente um bocado, com fome e cansados devido a minha falha no orçamento e planejamento, para ver essa galeria porque ela estava bem isolada, e ao chegar avistamos apenas uma sala vazia com um buraco no chão, que não fazia nenhum som nem nada. Perguntamos até ao menino que vigiava para não tirarmos fotos onde estava a obra e ele disse que era somente aquele buraco no chão.


E para fechar as galerias, abaixo está a que mais gostamos:


Nela avistamos diversas linhas, que de acordo com o ângulo que olhávamos apareciam ou desapareciam algumas linhas, criando um efeito visual incrível. Achamos a obra interessantíssima, inteligente e realmente valeu a pena visitá-la.

Também visitamos mais algumas obras que não me recordo mais porque fiz esse relato muito tempo depois de ter visitado o local. Acredito que tenhamos pego um período um pouco fraco na qualidade das obras, que somado aos nossos próprios erros comprometeu bastante o nosso passeio. Como Inhotim está sempre em constante mudança, ainda assim vale uma visita porque quem for para lá verá tudo diferente e com obras totalmente novas.

É muito fácil de se chegar para quem está em Belo Horizonte ou na região metropolitana ou se dispõe de pouco tempo nessa região e se deseja ir a um lugar bem bonito para contemplar a arte e a natureza com certeza o Museu de Arte Contemporânea de Inhotim é o lugar certo!

Terminado o passeio nos encaminhamos para a loja de lembrancinhas da entrada e fiquei muito desapontado por cobrarem caro por cada foto das galerias que avistamos e mais triste ainda quando vi que o pequeno passarinho que eu queria comprar como souvenir de viagem custava uns R$ 35,00 [valores de 2013]. Quem é colecionador e não quer deixar de levar o seu souvenir para casa é bom separar uns R$ 50,00 para comprar a sua lembrancinha [valores de 2013].

Dali pegamos o ônibus de volta para a rodoviária e depois o que ia para as nossas casas.

Notas finais: Acho que o palhaço da Galeria Sinistra deve ter pegado meu azar e deixado por lá porque apesar do ano de 2013 ter sido bem difícil para mim, a partir da metade do ano consegui um emprego de telemarketing para segurar as pontas e quase no final do ano consegui passar em um concurso, e assim que o ano de 2014 começou descobri que tinha passado em outro bem melhor e fui para lá. O que fez com que 2014 fosse um excelente ano em termos de viagens!

[Notas do Autor em 2017] Quem começou a ver nossas viagens por esse post não imagina como nós ficamos gordinhos depois!


Que você tenha uma boa estadia em Inhotim e também faça ótimas viagens!

Boa sorte...


... e até a próxima viagem!

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