Thiago e Lu no Santuário do Caraça [p1]

Entre os dias 30 e 31 de agosto de 2014 viajei de excursão do SESC-MG para o Santuário do Caraça, em Minas Gerais.


Nessa mesma oportunidade ainda conhecemos um pedacinho de Santa Bárbara. Confira agora como foi o nosso passeio.

Notas: Se quiser saber mais sobre o SESC-MG e como fazer excursões por eles, ou outras agências de turismo interessantes de Belo Horizonte e Região Metropolitana, clique AQUI.

DIA 01 - Sábado [30 de Agosto de 2014]


Tivemos que acordar bem cedo porque é mais fácil chegar até a cidade aproveitando o trem Vitória-Minas, que cruza o Brasil e vai de Belo Horizonte até Vitória, no Espírito Santo. Do SESC Serviços [centro de Belo Horizonte] pegamos um bus e rapidinho já estávamos na estação. Ela fica bem próxima de onde tem os MOVES [pra quem estiver vindo pelo metrô é só parar na Estação Central que fica bem pertinho de lá].

Ali encontramos uma moça [a Vera] que grudou na Lu e fez boa parte do passeio conosco.









O trem é tão legal que vem equipado até com lanchonete.



E ainda é tão chique que até o banheiro é muito moderno. Aconselho que quem pegue esse trem vá pelos assentos executivos, é quase a mesma coisa que o econômico, mas pelo menos é um pouco mais confortável.



Depois de aproximadamente umas duas horas seguindo pelos trilhos chegamos à estação de trem Dois Irmãos.





E dali rumamos para o Santuário do Caraça.






Assim, finalmente chegamos ao Santuário do Caraça, nosso destino em que passaríamos praticamente todo o fim de semana.


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Santuário do Caraça, MG

O Santuário do Caraça é visitado basicamente por estudantes que vêm ao Santuário em excursão, pessoas mais velhas que querem apenas descansar, relaxar e rezar para Deus [o local é muito bom para quem realiza o turismo religioso] ou grupos de jovens que curtem desbravar a natureza.

Em uma das trilhas você até deve usar uma caneleira como proteção para evitar a picada das cobras. De acordo com a explicação da nossa guia e dos sites em geral, existem duas hipóteses para terem dado esse nome para o Caraça.


1. Caraça seria o formato de um rosto humano na Serra do Espinhaço: é explicação corrente no tempo do colégio e comentada por Dom Pedro II, em seu diário [11-13 de abril de 1881]. O que pesa contra esta explicação é o fato do Caraça ter sido sempre citado no masculino e nunca no feminino [Serra da Caraça], como deveria ser já que "caraça", compreendido como cara grande é palavra feminina.

2. Caraça seria o grande desfiladeiro existente na Serra do Espinhaço nesta região: explicação dada por Auguste de Saint-Hilaire [1816] e acolhida por José Ferreira Carrato, em sua tese de doutorado sobre o Caraça [As Minas Gerais e os Primórdios do Caraça], publicada em 1963. Caraça, em tupi-guarani, significa desfiladeiro ou bocaina, como hoje é chamado o portentoso vale entre os Picos do Sol e do Inficionado.

Fonte Pesquisada:

https://guiadoviajante.com/1518/caraca-mg/

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Voltando ao relato...

Assim que se chega no Santuário do Caraça já dá pra apreciar a natureza, o verde e o ar realmente puro e ainda ver algumas imagens como essas:






De cara, já fomos até a recepção do Santuário para guardar nossas malas e entrar no quarto, mas havia um grupo de estudantes que tinham chegado antes de nós e era para terem liberado tudo cedo e não o fizeram.

Para piorar a nossa guia era bem fraca, não soube unir o grupo [ela deveria aproveitar esse problema e ter rodado conosco pelo Santuário enquanto liberavam os quartos para os hóspedes, mas não fez isso, então todo mundo se estressou muito porque estávamos mais preocupados em guardar as malas do que em fazer qualquer outra coisa].

Pelo contrário, ficamos quase três horas esperando que os quartos fossem liberados e fiquei puto demais, com raiva porque a atendente da recepção ainda estava com deboche, como se não ligasse para o nosso problema, e a guia ficava olhando pra gente com aquela cara de anta sem rumo. Isso quase estragou o passeio e ainda dispersou demais o nosso grupo.

Notas: Apesar de termos tido problema com a guia nessa viagem, ainda recomendo muito o SESC porque possuem um custo benefício muito bom e normalmente a qualidade dos passeios oferecidos por eles é excelente.

Para comprovar isso, você pode clicar no botão abaixo e conferir o relato do passeio que fizemos para o Vale Verde Alambique & Parque Ecológico de Betim, que foi uma excelente viagem que fizemos utilizando o SESC.

Link AQUI.

Como nunca liberavam nossos quartos resolvemos ir no centrinho de artesanato [na verdade são somente umas três ou quatro pessoas que vendem algumas coisinhas como sabonetes, perfumes, artesanatos locais, imãs de geladeira e brinquedos]. Mas o maior destaque pra mim foi o velhinho que escrevia nossos nomes numa pedra. Achei isso muito legal.





Atrás do centrinho de artesanato eu ainda dei a sorte de ver muitos passarinhos verdes, que quase se camuflam com a grama.


Colado no centrinho de artesanato ainda possuem uma lojinha um pouco maior que também é uma lanchonete. Nela comemos um pouco para aliviar o estresse e amenizar a fome, porque o almoço ainda iria demorar um bocado.




Depois de tanta espera finalmente pudemos ir ao nosso quarto do hotel, que era bem simples, servia basicamente apenas para descansar e dormir mesmo. O Santuário do Caraça em si é bem pequeno, mas quem é mais aventureiro pode explorar um pouco dos arredores ou fechar passeios com os guias.

Nossas acomodações:


Vista do alto da janela:





O Santuário do Caraça é muito bonito, quase sempre está coberto por neblina e costuma ser bem frio durante boa parte do ano.




Fomos para o centro cultural, perto do centrinho de artesanato ver o que era. Lá nos passaram um vídeo de como é o Santuário, explicaram que os visitantes só podem fazer trilhas acompanhados de um guia e bla bla bla, e também deu pra tirar algumas fotinhas.






O Santuário do Caraça também é famoso por causa do lobo-guará, mas vou explicar isso mais a frente. Dali finalmente seguimos para almoçar, mas demos uma parada pra tirar mais fotos porque não resistimos, o local é muito bonito.





Enfim, hora do almoço! Eles possuem dois refeitórios principais, mas um estava fechado para reforma quando estávamos lá, então só pudemos comer no Restaurante Pe. Tobias. Como o público é mais velho e recebem muitos estudantes, acaba que não colocam muito sal na comida, o que tira um pouco do gosto.








Após comer, fomos direto visitar o acervo histórico e biblioteca do Santuário do Caraça, que no passado já pegou fogo uma vez e perderam uma parte do acervo. Essa biblioteca é composta por duas partes básicas: em uma se encontram mobiliário, equipamentos e ferramentas, instrumentos e vestuário do século passado. A outra parte é uma biblioteca comum, porém tem um cheiro forte de mofo por ter conteúdos muito antigos.





No andar inferior, assim que se entra temos uma galeria.




























Pessoalmente, não ligo muito para coisas antigas, mas pra quem gosta é legal. O mobiliário é muito rico e o acervo realmente é bem grande. Só coloquei algumas das fotos que tirei para não tirar a graça de quem curte isso. Dali partimos para conhecer mais um pouco do Santuário.

Após passar por alguns corredores e um pequeno pátio, visitamos a Igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens, que também fica dentro do Santuário. Ela possui duas entradas. Então é possível entrar tanto pela frente quanto pelos fundos do Santuário. Abaixo seguem as fotos de alguns dos pontos de vista da Igreja.









Nos fundos dessa igreja, sempre à noite, acontece algo muito interessante, que é a visita do lobo-guará. Nela, os visitantes se juntam e ficam esperando. O padre deixa um pouco de carne e aguarda chegar o lobo-guará, que pega o alimento e o come na frente dos visitantes.

Os guarás já estão acostumados com as pessoas, então não se incomodam mesmo se estiverem sendo fotografados. Porém o barulho os incomoda e eles acabam indo muito tarde até lá se os visitantes estão muito inquietos e barulhentos [o que aconteceu conosco, infelizmente].

Outro motivo que pode fazer com que o lobo atrase ou chegue adiantado é a fome, caso ele tenha caçado algo virá mais tarde. Também pode ser que tenham comido coisas que os visitantes deixaram pelos arredores do Santuário, o que faz com que ele deixe de vir pegar sua boquinha. Como não conseguimos tirar essas fotos durante à noite, pesquisei na internet e estarei colocando aqui mais a frente. Porém por enquanto estou atendo somente às belezas dessa igreja, que será mostrada no próximo post, já que esse ficou bem extenso.

Clique AQUI para ir para a Parte 2 desse relato.

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