Conselheiro Lafaiete e o Museu Itinerante

Em maio, surgiu a oportunidade de ajudar o Museu Itinerante da UFMG, que estaria em Conselheiro Lafaiete (MG) entre os dias 11 e 15/05/2014.


Confira agora como foram os meus dias durante esse evento.

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Museu Itinerante da UFMG

Esse museu possui uma unidade móvel, um caminhão, que vai de cidade em cidade e expõe seus experimentos externos [que são levados dentro do caminhão e descarregados no local do evento] e internos [o caminhão é adaptado em seis salas ambientes: Sala do Útero, Sala dos Sentidos, Sala dos Biomas, Sala de Projeção 3D, Sala do Submarino e Sala das Cidades].

A ideia desse museu é apresentar uma proposta inovadora para o Brasil, interagindo com pessoas de diversas regiões do Brasil e trazendo conhecimento científico e cultural para toda a família, em especial para as crianças. A entrada é sempre gratuita, então não haverá nenhum custo.


Já passou por diversas cidades mineiras, como Teófilo Otoni, Uberlândia, Ituitaba, Ouro Branco, e também de outros estados, como Recife (PE), Rio Branco (AC) e outras que não sei citar de cabeça.

Fonte Pesquisada:

http://museu.cp.ufmg.br/index.php?option=com_content&view=article&id=71

"Como gosto muito de viajar e conhecer novos lugares, achei essa oportunidade perfeita para conhecer uma cidade que jamais imaginei que iria colocar os meus pés! Afinal, uma das formas de conhecer novos lugares é viajar trabalhando, em suma, ossos do ofício!"

Achei o povo de lá muito acolhedor, incrivelmente educado e percebi que os organizadores da cidade foram muito compromissados com o evento, por isso não tivemos nenhum problema relevante durante todo o tempo que ficamos hospedados em Conselheiro Lafaiete.

Primeiramente estarei explicitando um pouco sobre a cidade, e em seguida estarei contando como foi minha visita a trabalho a essa cidade.

Conselheiro Lafaiete, MG


Conselheiro Lafaiete é um município mineiro com localização estratégica, fica a poucos quilômetros dos centros consumidores do sudeste e próximo dos corredores de exportação de Santos (SP), Vitória (ES) e Rio de Janeiro (RJ). Se encontra à 96 km de distância de Belo Horizonte e possui pouco mais de 120 mil habitantes [ano de 2014], o que o torna o 22º município mais populoso do estado.

O comércio da cidade é referência nacional, já tendo sido destacado pela revista Veja. A cidade conta com um grande comércio local além de filiais das maiores redes do país, como Casas Bahia, Ponto Frio, Ricardo Eletro, Magazine Luíza, Pernambucanas, Apolo Moveis, Itapuã, Bob's, Subway, Carmen Steffans, Spatiffilus, Arezzo e muitas outras. Há ainda um projeto de implantação de um Mega Shopping Center na cidade [quando fui até lá ainda não tinham inaugurado esse shopping e não sei dizer ao certo se ele saiu do papel ou não].

Algo muito curioso é que quase não consegui avistar coletivos enquanto estive por lá. Acredito que isso ocorreu principalmente pelo nosso horário de trabalho e os lugares em que estávamos ficava longe das linhas de ônibus, mas nunca vi tantos carros em uma única cidade em toda minha vida. Quem é de fora e vai até lá tem a impressão que cada habitante de Conselheiro Lafaiete possui carro próprio.

Por ser um polo econômico, acaba que a cidade é bem estruturada para o turismo de negócios. Se não possuir carro e estiver vindo de Belo Horizonte, basta pegar um ônibus na Rodoviária de Belo Horizonte e em aproximadamente 1:50h você chegará a Conselheiro Lafaiete.


Um dos pontos turísticos mais interessantes da cidade é a Praça do Cristo. Esse espaço conta com pistas de skate, cooper, dois quiosques, playground infantil, área de musculação, quadra de areia, concha acústica para apresentações culturais e um vagão doado pela Rede Ferroviária Federal, e também com um monumento do Cristo Redentor, com altura de 29 metros, que pode ser visto por vários ângulos da cidade.

Fontes Pesquisadas:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Conselheiro_Lafaiete#Munic.C3.ADpios_lim.C3.ADtrofes

http://conselheirolafaiete.mg.gov.br/v2/

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Agora que citei tudo o que precisava, vamos começar com o relato...

DIA 01 - Domingo [11 de Maio de 2014]

Tive uma manhã normal na minha casa, almocei e pouco depois do almoço peguei um coletivo até o metrô, e de lá outro ônibus até a UFMG. Acabou que cheguei muito cedo e fiquei esperando o motorista por mais de duas horas.





De tarde o motorista do Museu Itinerante chegou, então ajudei ele a manobrar o caminhão e após uma série de manobras conseguimos chegar na portaria da UFMG, e a partir da avenida seguimos viagem rumo a Conselheiro Lafaiete.







A estrada que liga Belo Horizonte a Conselheiro Lafaiete (MG) é muito bem pavimentada e com exceção dos trancos que a gente sentia na cabine de vez em quando [devido ao grande peso das coisas que ficam dentro do próprio caminhão] não tivemos nenhum problema e seguimos normalmente, até chegar próximo do destino.


O Percurso de ônibus de viagem a partir da rodoviária de Belo Horizonte até Conselheiro Lafaiete costuma durar cerca de 1:50h, mas como viemos da região da Pampulha e o caminhão é mais lento do que um ônibus, demoramos cerca de três horas para chegar até lá.




Quando chegamos no centro da cidade já havia uma viatura da Guarda Municipal nos esperando. A partir dali eles nos guiaram e ajudaram na escolta por dentro da cidade. O caminho exigiu muita habilidade do motorista porque tivemos de subir por morros, realizar diversas curvas e caminhar por ruas bem estreitas.






Somente nesse processo ficamos do final da tarde até parte da noite, até que chegamos perto da Praça do Cristo [local onde ocorreria o evento], e mesmo assim foi trabalhoso porque um dos fios do poste estava praticamente encostando no caminhão.

Depois de toda labuta paramos na praça e ajudei o caminhoneiro [chamado por nós de Carlinhos] a nivelar o caminhão no solo. Esse processo é feito porque nem sempre o terreno é totalmente plano e fazendo isso a gente consegue consertar o desnível do caminhão [que precisa ficar totalmente nivelado para fazer com que o sistema hidráulico funcione].



Ali fomos recepcionados pelos organizadores do evento, que foram bem educados e gentis conosco. Uma das organizadoras, que acredito se chamar Márcia [não tenho certeza do nome dela, mas a chamarei de Márcia para facilitar no relato] ainda ofereceu carona e nos levou até o hotel que ficaríamos hospedados: o Hotel Lafaiete.



O hotel possuía uma estrutura super simples, mas confortável. Jantamos no Restaurante Sobrado, que tem a comida muito gostosa, mas acho que oferece comida demais para os clientes. Em nenhum dia conseguimos comer tudo, mesmo pedindo várias vezes para diminuir na quantidade de comida que nos ofereciam.



Então voltamos para o Hotel Lafaiete e descansamos até o outro dia.

DIA 02 - Segunda-feira [12 de Maio de 2014]

Acordamos cedo e comemos alguns biscoitos, a refeição desse hotel era bem pobrezinha, então mal deu para matar a fome. Após esperarmos um pouco, pegamos uma carona com a Márcia, que nos levou até a Praça do Cristo.

Ao chegar na praça recebemos alguns funcionários da prefeitura [eletricista, carregadores, montadores da tenda] e também os outros funcionários do Museu Itinerante, que vieram de van com outro motorista.

Enquanto o pessoal da prefeitura montava a tenda onde ficariam abrigados os experimentos externos do Museu Itinerante, eu e o pessoal do Museu ajudamos a descarregar os experimentos do caminhão e montá-los em seu devido lugar. Dá muito trabalho porque tem alguns experimentos que são muito pesados ou difíceis de carregar, sem contar que tudo é bem frágil.




Em algum momento, pude subir no alto do Cristo e dali tive a vista 360º de Conselheiro Lafaiete:




Também já dava para ver a tenda começando a tomar a sua devida forma e onde o caminhão do museu ficou estacionado:



E claro, o Cristo de Conselheiro Lafaiete:


Mesmo assim ainda faltava muito serviço pela frente, então aproveitamos a van e almoçamos no restaurante Sobrado, descansamos um pouco e voltamos ao trabalho.


Como agora a tenda já estava praticamente pronta [faltando apenas alguns pequenos ajustes, mas pelo menos com todo o espaço delimitado], dava para organizar os experimentos por todo esse local.








Trabalhamos muito na Praça do Cristo e só terminamos tudo mesmo no início da noite, onde passamos a fita zebrada e fechamos o local. A partir desse momento seria a Guarda Municipal que tomaria conta de tudo.


O resto do pessoal foi descansar, mas eu e o motorista Carlinhos andamos pela cidade a procura de uma loja elétrica para arrumar um material que seria necessário. Algo que notei por aqui é que as lojas costumam ser bem estreitas, mas extremamente compridas.

Então voltamos ao Hotel Lafaiete novamente, cheguei até a ajudar alguém da chefia com as malas, mas ela ficou muito insatisfeita com a qualidade do hotel [o quarto que eu fiquei com o motorista, que era triplo, estava perfeito, mas o dela realmente estava cheirando a água sanitária, e uma das funcionárias foi deitar na cama e a mesma quebrou com ela]. Devido a isto nos encaminhamos para o Hotel Rhuds, que era bem melhor se comparado ao que estávamos hospedados antes.





Jantamos no Restaurante Sobrado [como o Museu Itinerante é um órgão do governo, acaba que faz tudo por licitação, por isso tivemos que comer no mesmo restaurante em quase todos os dias].



Voltamos para o Hotel Rhuds e descansamos, pois no próximo dia as exposições estariam abertas para o público.

DIA 03 - Terça-feira [13 de Maio de 2014]

Depois de acordar, lanchamos no próprio hotel. Dessa vez o lanche estava bem mais atraente!



E dali seguimos até a Praça do Cristo para outro dia de trabalho, dessa vez atenderíamos o público da cidade, que consistia basicamente de estudantes oriundos de diversos pontos de Conselheiro Lafaiete [eles foram o maior público alvo do evento e sempre vinham de ônibus escolar], transeuntes e frequentadores dessa praça.


Assim que romperam as fitas zebradas da entrada começamos a trabalhar. Mesmo cedo já estávamos recebendo muitos visitantes.








Abaixo citarei dois experimentos que são muito interessantes:


Caixa Tátil: Aqui o visitante devia "enfiar" sua mão dentro da caixa e tentar descobrir o que havia ali através da textura do material. Como os olhos não estão vendo a pessoa fica mais sensibilizada ao toque e a sensação varia bastante de acordo com o material que está lá dentro, é bem legal!


Tubo de Bernouli: Esse é um dos meus preferidos. Quando ligamos o tubo de vento e colocamos a bola ela flutua e não cai devido há algumas leis da física, entretanto, mesmo se inclinar bastante o tubo a bola ainda não cairá.

Esse experimento serve para explicar porque um objeto mais pesado do que o ar consegue voar. Mas o legal mesmo é ver a reação das crianças e também das pessoas mais velhas ao presenciar o que acontece na hora!



Os organizadores não brincaram na hora de chamar os estudantes para o evento, tinha horas que a exposição ficava até mais cheia do que isso:


Quando aproximou de meio dia a exposição ficou fechada temporariamente para podermos almoçar. Pegamos a van que estava estacionada na praça e almoçamos no Restaurante Sobrado [de novo! :O]. E continuamos com as exposições do Museu Itinerante.








Como tivemos serviço demais e não parava de chegar mais visitantes, eu emprestava minha câmera para algum funcionário que estivesse livre no momento, algum organizador do evento ou outro indivíduo que pudesse nos ajudar. Mas acho que a pessoa que tirava as fotos de mim era um mestre em acertar os piores ângulos possíveis!


O Museu Itinerante dividiu os funcionários e mediadores da cidade [pessoas que os organizadores do evento escolheram para nos ajudar, a maioria do pessoal de Conselheiro Lafaiete era especializado na área da saúde]. Então eu fiquei ajudando mais no Tubo de Bernouli [foto acima] e no Globo de Plasma [foto abaixo]:


Esse Globo de Plasma também é bem interessante: Serve para explicar um pouco de como é o comportamento do "Plasma", nesse caso as partículas dos elétrons ficam procurando um lugar para sair mas não conseguem porque tem gás dentro desse globo.

Quando alguém põe a ponta dos dedos verá um feixe de eletricidade indo em direção ao dedo porque os elétrons tendem a seguir pelo caminho mais curto. O efeito visual é bem interessante e o pessoal de Conselheiro Lafaiete gostou muito desse experimento.

Continuamos com as exposições do Museu Itinerante até por volta das 19:00h. Ali as autoridades maiores da cidade e a diretora do Museu Itinerante realizaram a "abertura oficial" e as "solenidades" do evento.



Não gostei da atitude da TV Lafaiete, acho que eles agiram de forma totalmente politizada, apenas filmaram essas solenidades sem sequer preocupar com o evento que estava acontecendo na cidade, então não consegui achar sequer um único vídeo da vinda do Museu Itinerante para Conselheiro Lafaiete na internet.

Mas nosso trabalho ainda não tinha acabado: Ainda continuamos por pouco mais de uma hora antes de fechar o evento.



Finalmente finalizamos nosso trabalho naquele dia! O pessoal que estava dentro do caminhão do museu também trabalhou a todo vapor enquanto estávamos nas exposições externas, deram até um bom sorriso de missão concluída!



[Explicarei mais sobre a parte de dentro do caminhão no relato do dia posterior]

Após isso eu e algumas pessoas fomos de van até o Restaurante Sobrado para jantar [a comida já estava até começando a perder o brilho, independentemente de ser boa ou não, comer sempre no mesmo lugar acaba sendo um pouco cansativo]. Já outros funcionários foram direto para o hotel porque estavam cansados demais desse dia de trabalho.

Terminado tudo, descansamos e nos preparamos para outro dia de exposições.

DIA 04 - Quarta-feira [14 de Maio de 2014]

Nesse dia acordamos mais cedo porque o evento abriria cedo, então lanchamos e seguimos de van até a Praça do Cristo. Lá começamos a trabalhar e receber os visitantes da quarta-feira.











O carro-chefe do Museu Itinerante é o seu caminhão equipado em seis salas ambientes: Sala do Útero, Sala dos Sentidos, Sala dos Biomas, Sala de Projeção 3D, Sala do Submarino e Sala das Cidades. Abaixo estarei mostrando como é cada uma das salas por dentro:

Sala do Útero: Simula o útero materno, possui um vídeo que mostra o passo a passo da gravidez e todo o envolto desta sala é feito com um material espumoso, que tenta imitar o útero de uma mãe. Essa sala ainda conta com uma cadeira que tenta imitar um pouco os barulhos que o bebê ouve dentro do útero.



Sala dos Sentidos: Faz com que as pessoas utilizem alguns dos sentidos humanos, como a visão, o tato e a audição, fazendo com que elas tenham uma visão geral sobre isso. Se você olhar fixamente para a parede terá o efeito visual de que os círculos estão se movimentando.






Sala dos Biomas: Ensina um pouco como são alguns dos principais biomas: o cerrado, a Floresta Tropical e a Antártica. O que acho legal dela é que em cada sala há uma luminosidade diferente, representando a intensidade da luz do sol no respectivo bioma. O ar condicionado do bioma da Antártica é mais potente e ali os visitantes realmente sentem frio.



Se tiver vontade de conhecer cada um deles, assista aos vídeos abaixo...

Vídeo 01: O bioma do Cerrado


Vídeo 02: O bioma da Floresta Tropical


Vídeo 03: O bioma da Antártida


Sala 3D: Nessa sala se experimenta a tecnologia 3D numa viagem ao fundo do mar para explorar o ambiente marinho e entender um pouco sobre a importância do equilíbrio desse ecossistema para a vida humana na Terra. O visitante usa óculos 3D para enxergar as imagens do vídeo de modo mais dinâmico.



Sala do Submarino: Essa sala tenta imitar um submarino, mostrando um pouco de como são as criaturas de 2.000 a 6.000 metros de profundidade, a chamada zona abissal, uma das partes mais inexploradas do mar já encontrada pelo homem e que possui capacidades peculiares e animais diferentes de tudo o que estamos acostumados a ver.

[Pessoalmente, não gosto muito dessa sala porque acho bem difícil de prender a atenção dos visitantes e o programa usado nela é meio fraquinho, parecendo mais um joguinho 3D. A tela é interativa e você pode chamar os bichos tocando na tela, mas nunca dou sorte e os mais legais quase sempre vão embora antes de chegar os visitantes, o que me frustra um pouco]



Sala do Google Maps [ou Sala das Cidades]: Nessa sala o visitante deve tentar descobrir alguns lugares que são bem conhecidos, seja no Brasil ou pelo mundo. Obs.: Muitas vezes o programa acaba não carregando tudo porque na maioria das cidades brasileiras a conexão WiFi não costuma ser muito boa.


Em todos os dias a fila para visitar o caminhão do Museu Itinerante ficou bem cheia, mas tinha horas que ela realmente ficava enorme!


Nessa quarta o evento realmente lotou, mal dava tempo para respirar, trabalhamos tanto que tivemos de nos dividir em dois grupos para almoçar no Restaurante Sobrado.

Eu já não estava aguentando mais olhar para a comida deles. Não tenho nada contra o restaurante, mas parece que eles variam o cardápio semanalmente e como estava almoçando e jantando todos os dias no mesmo lugar desde o domingo, isso fez com que enjoasse da comida de lá mais rapidamente. Até que vi um caldo preto diferente e resolvi colocar na comida.

Nussa!


A comida que aos meus olhos antes não estava interessante de repente ficou gostosa demais! Dali tivemos que pegar um táxi porque o motorista dessa vez não pôde almoçar conosco e já estava levando o segundo grupo para almoçar.

Trabalhamos até o final da tarde e finalizamos outro dia de exposições. A Guarda Municipal cuidava da segurança e ficava vigiando tudo sempre que terminávamos de trabalhar. Voltamos de van para o Hotel Rhuds e descansamos.

À noite, não só eu como alguns dos meus colegas que também estavam cansados de comer no mesmo lugar resolvemos ir em outro restaurante e elegemos o Nova Geração Pizzaria, que possui um espaço muito amplo, mas com a comida realmente gostosa.


Cada um escolheu o que queria e eu resolvi jantar um caldo de feijão, que estava porreta! Ao voltar eu também comprei um bolo na Confeitaria Marshmallow [próximo da rodoviária], mas só comi quando cheguei no hotel. Descansamos e nos preparamos para nosso último dia de trabalho em Conselheiro Lafaiete.

DIA 05 - Quinta-feira [15 de Maio de 2014]

Nesse dia levantamos bem cedo, lanchamos e seguimos de van para o nosso último dia de exposições em Conselheiro Lafaiete.





Trabalhamos demais porque o Museu Itinerante realmente estava abarrotado de visitantes, tanto nas exposições externas quanto dentro do caminhão, que estava com filas realmente imensas. Como não parava de chegar mais e mais visitantes sequer tivemos tempo de almoçar no Restaurante Sobrado.

Então na hora do almoço, simplesmente entramos na van que estava parada em algum ponto da Praça do Cristo e comemos um marmitex providenciado pela organização do evento [tinha muita comida também e mal dava para comer tudo]. E já voltamos a trabalhar...






Algo que acho bem interessante no Museu Itinerante são os cartazes espalhados por toda a área do evento.


Eles são feitos de forma que cause uma ilusão óptica na pessoa. No de cima temos a impressão de que as linhas estão tortas, o que não é a realidade, e no de baixo todos os círculos na verdade são do mesmo tamanho.


Outra coisa bem interessante são as caricaturas dos inventores, acredito que boa parte de nós [inclusive eu] não sabe quem são todos eles.



Quando estava para dar as 17:00h, os funcionários do museu isolaram a entrada e ali fomos atendendo todos os visitantes restantes até o último. Assim, nos despedimos dos organizadores do evento, entreguei as cópias das fotos que tinha para a Márcia e começamos a desmontar as coisas para colocá-las de volta no caminhão.


Na montagem, os carregadores do evento tinham pisado na bola porque fizeram o horário de almoço exatamente no horário que mais tivemos de trabalhar, mas dessa vez acertaram o passo e nos ajudaram direitinho, o que quebrou bastante nosso galho!

Eu, o motorista, os carregadores e os outros homens costumávamos pegar mais as coisas mais pesadas, enquanto o resto das meninas iam ajudando nos experimentos mais leves, e pouco a pouco colocamos as coisas de volta no caminhão. Até que de noite chegou a van com o outro motorista e buscou o resto dos funcionários do museu, com exceção de mim e do Carlinhos [o motorista do caminhão].

Se você se pergunta como aquele tanto de coisas que você viu nos experimentos vão para dentro do caminhão, as fotos abaixo poderão esclarecer um pouco a sua dúvida.


Cada experimento externo tem a sua devida caixa, e depois de colocada no caminhão elas são amarradas com uma corda e finalmente presas em alguns ganchinhos que estão em posições estratégicas, por isso a carga não se move.

Já experimentos com formatos mais diferenciados, como a Orelha Gigante ou o Coração Gigante por exemplo, são envoltos em tapume e depois amarrados da mesma forma que fizemos abaixo:


Nós dois continuamos guardando as coisas que restavam, fechamos as portas e só faltava agora a rampa lateral do caminhão para seguir viagem ... mas ... A maledita emperrou de vez! A danada da rampa só subia um pouco e não fechava de jeito nenhum, por mais que o Carlinhos tentasse não dava em nada.

O sistema do caminhão é totalmente hidráulico e por isso é difícil de encontrar uma solução quando acontece algum problema. O motorista tentou ajuda do eletricista, pediu dicas de conhecidos experientes e nada disso adiantou, por mais que tentássemos nada dava certo.

Até que no final da noite, quando estávamos quase desistindo, ele rezou para algum santo [infelizmente não sei dizer qual era] e dessa vez deu certo e a tampa realmente fechou. Com isso, partimos dali.


A Guarda Municipal de Conselheiro Lafaiete escoltou o caminhão e o guiou pelo centro da cidade e após o motorista mostrar toda a sua habilidade e peripécia manobrando por aqui e ali conseguimos chegar em uma avenida, então ele agradeceu os guardas e seguimos nossa viagem de volta, agora sem escolta.

DIA 06 - Sexta-feira [16 de Maio de 2014]

Nossa estadia por Conselheiro Lafaiete tinha acabado, mas o caminho ainda não, por isso continuamos nossa viagem de volta pela madrugada e acabou que convenci o Carlinhos a não darmos nenhuma parada para descanso [grande falha da minha parte, pensei com o bolso e meu interesse mesmo era não ter de pagar uma diária adicional] e após pouco mais de três horas de viagem chegamos em Belo Horizonte e finalmente na portaria da UFMG.


Nos identificamos ao vigia e entramos na universidade e novamente o Carlinhos teve de usar toda a sua habilidade para manobrar ali por dentro, até paramos próximos do estacionamento. Ele dormiu na parte de trás da sua cabine, num colchão, e eu dormi no próprio banco da cabine porque não havia nenhum outro lugar que dava para dormir.

Tirando um grilo que estava cantando bastante, o frio que fazia e a falta de conforto que eu estava não tive nenhum problema maior, até que dormi. Acordei cedo no outro dia, mas estava um verdadeiro bagaço, sentindo um cansaço absurdo e dor por todo o corpo, meus olhos mal conseguiam abrir e nem pareceu que eu tinha dormido.

Então ajudei o Carlinhos a manobrar o caminhão para dentro do estacionamento, liguei para a chefia e pedi permissão para regressar para o meu lar [aproveitei que tinha algumas horas na casa]. Me despedi dele e fui a pé até o ponto, dali peguei o primeiro bus e o segundo, até que finalmente cheguei em minha casa em Contagem.


Após tomar um banho bem gostoso e descansar um pouco editei as fotos no computador e as salvei num álbum do Facebook.

Viagem Finalizada!

Segue abaixo o souvenir adquirido:


Será que se eu enviasse a foto abaixo para algum set de filmagem ou peça do corcunda de Notre Dame eu conseguiria a vaga?

[Algumas fotos minhas nessa viagem saíram bem feias, mas essa de longe superou todas as outras!]

- Se passar por essa cidade ande sempre com uma blusa de frio, por mais que a temperatura esteja amena do nada esfria e venta bastante.

Boa sorte...


... e até a próxima viagem!

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