Capitólio, Mar de Minas [p1]

Após alguns meses entediado e sem fazer nenhuma viagem, a Luciana compartilhou um anúncio que mudou tudo.


Veja agora como foi o relato da nossa viagem para Capitólio, em Minas Gerais.

Estava lá eu, entediado e sem perspectivas de novas viagens, sempre procurando algum passeio legal, mas sem sucesso, até que a Luciana compartilhou um anúncio bem interessante pelo Facebook e que chamou muito a minha atenção:


Achei o valor super em conta e gostei muito da data. Como eu tinha separado algum dinheiro na poupança exatamente para poder viajar, não deu outra, transferi para o débito, conversei com o pessoal da Impacto Tur, que foram bem atenciosos comigo, tirei minhas dúvidas e já fiz a transferência do valor completo de uma só vez, fechando a viagem com eles.

Poucos dias antes do passeio eles criaram um grupo do WhatsApp para essa viagem e passaram a nos dar as informações que precisávamos através do aplicativo. Passados mais alguns dias finalmente chegou o dia da nossa viagem.

A partir de agora estarei contando tudo que aconteceu por lá, desde a nossa saída até quando voltamos pra nossa casa no outro dia.

Sem mais delongas, vamos ao relato...

DIA 01 - Sábado [27 de Julho de 2019]

Dormi bastante e acordei lá pras 8:30h, me arrumei, comi algumas torradas com requeijão, que estavam deliciosíssimas, e às 9:30h fiz uma aula particular de Jiu-Jitsu na academia que está próxima a minha casa. Aproveitei o embalo e também treinei na aula normal de 10:30h. O treino foi muito bom e produtivo.


Após almoçar lavei um montão de vasilhas, assisti um ou outro anime, naveguei mais um pouco pela internet e lá pelas 16:00h tirei um bom cochilo, ficando assim até próximo das 17:00h, quando saí com a Luciana para comprarmos um caderninho para anotar o relato da viagem e também comer um salgado com suco como lanche da tarde.

Após voltar pra casa realizamos alguns afazeres domésticos, mexemos na internet e descansamos, assisti mais um ou outro anime, a Lu lavou mais um bocado de vasilhas e aguardamos até que chegasse um pouco mais próximo do horário que teríamos de sair para ir ao Terminal JK, em Belo Horizonte.

Eis aí dois dos animes que estou acompanhando nessa temporada:


Kimetsu no Yaiba: Desde os tempos antigos, abundam os rumores sobre demônios devoradores de homens à espreita na floresta. Por causa disso, os moradores locais nunca se aventuram externamente durante a noite. Diz a lenda que um matador de demônios também perambula pela noite, caçando esses seres sanguinários. Para o jovem Tanjirou, esses rumores logo se tornaram sua dura realidade... Desde a morte de seu pai, Tanjirou assumiu a responsabilidade de sustentar sua família. Embora suas vidas tenham sido endurecidas pela tragédia, eles encontraram a felicidade.

Mas esse calor efêmero um dia é destruído, quando Tanjirou encontra sua família abatida e a única sobrevivente, sua irmã Nezuko, se transformou em um demônio. Para sua surpresa, no entanto, Nezuko ainda mostra sinais de emoção humana e pensamento ... Assim começa a busca de Tanjirou para lutar contra os demônios e transformar sua irmã em humana novamente. 


Dungeon ni deai... [2ª Temporada]: A cidade de Orario possui um enorme labirinto no subsolo conhecida como Dungeon. Seu nome estranho atrai excitação, ilusões de honra, e as esperanças de romance com uma garota bonita. Nesta cidade de sonhos e desejos, o novo aventureiro Bell Cranel tem o fatídico encontro com a pequena deusa Hestia. Assim começa a história de um menino que se esforça para se tornar o melhor aventureiro e uma deusa solitária em busca de seguidores tanto na esperança de alcançar seus objetivos e, talvez, até ter algum romance ao lado.

Me arrumei perto das 21:40h e a Lu um pouco antes de mim. Às 22:00h pedimos um Uber rumo ao Terminal JK, em Belo Horizonte.

Atravessamos a rua e ficamos esperando o ônibus em frente a uma Drogaria Pacheco, conforme combinado pela Império Tur pelo grupo do Whatsapp. Nesse meio tempo ainda compramos um coquinho com um pipoqueiro e água numa lanchonete que estava perto da gente.

A medida que o ônibus parava nos lugares a gente ficava sabendo, pois nos repassavam tudo pelo grupo do WhatsApp.


Ficamos esperando até às 22:45h, quando o ônibus parou onde a gente estava e entramos nele.


Dali o bus seguiu rumo a Contagem, até que deu mais uma parada próximo a Praça da Cemig para que entrasse mais um bocadinho de pessoas. Perto das 23:00h a Jeniffer [guia do passeio] aproveitou para dar algumas instruções sobre esse passeio enquanto o ônibus carregava mais pessoas no Shopping Partage, de Betim.

DIA 02 - Domingo [28 de Julho de 2019]


Dali continuamos com nosso caminho, até que às 2:35h fizemos uma parada rápida em Formigas (MG), onde aproveitamos pra usar o banheiro e voltamos novamente para o ônibus.


Às 3:00h o ônibus prosseguiu com seu caminho. Eu, que até antes dessa parada já estava pescando bastante, após ela dormi de vez mesmo e só acordei quando o ônibus parou outra vez pela madrugada, agora em Capitólio (MG).



Como estava muito cedo, a guia nos orientou que não saíssemos do veículo até de manhã cedo porque fora do ônibus estava assustadoramente frio.

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Capitólio, MG

Por volta do ano de 1800, dois portugueses foram chamados a atenção pela beleza das matas e por esse motivo começaram a explorar o potencial das regiões que até então eram conhecidas como “Mata do rio Piumhi”. Gonçalves de Morais e Machado de Faria, juntamente com suas famílias, investiram na agricultura do lugar, as matas aos poucos se transformavam em grandes fazendas e o comércio crescia.

Em meados de 1830, os irmãos Manoel, Antonio e João Francisco, começaram a povoar as terras, constituindo assim os primeiros moradores. Antes de se tornar “Capitólio” vários nomes se passaram: Arraial dos Franciscos, Arraial dos cabeças, Arraial de São Sebastião dos Franciscos e São Sebastião dos Franciscos foi elevado à categoria de distrito em setembro de 1923, no dia sete, Distrito de Capitólio. Em 1935, foi elevado a “vila”, “Vila de Capitólio”. E em vinte e sete de dezembro de 1948 transformou em Município de Capitólio.

Por suas belezas naturais, Capitólio se transformou em uma das cidades mineiras mais movimentadas nos últimos tempos por seu grande potencial turístico.

Fonte Pesquisada:

https://guiadecapitolio.com.br/sobre-capitolio/

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Às 6:40h saímos do ônibus e tomamos o nosso café da manhã, que estava bem bonitinho, preparado em uma mesinha, onde todas as pessoas podiam escolher entre opções como bolo de coco, pãezinhos, biscoitos, suco, leite e por aí vai. Eu ataquei alguns pedaços de bolo de coco, que estavam deliciosos.



O problema mesmo era o frio, que estava absurdo. Mesmo com a blusa de frio eu ainda ficava tremendo, com as mãos geladas e quase não dava conta da temperatura ambiente. Uma moça até chegou a dizer que nessa hora fazia apenas uns 11ºC, mas acho que talvez fizesse até menos. Isso fez com que boa parte do pessoal, inclusive a Luciana, voltasse pro ônibus e sequer ligasse muito para o café da manhã.

Eu tentei resistir um pouco e aproveitei para tirar as primeiras fotos dos arredores, mas o frio estava demais e acabei voltando para dentro do ônibus.




A medida que o tempo foi passando o clima começou a esquentar pouco a pouco e nisso vez ou outra eu descia e ficava conversando com a guia e mais uma ou outra moça que estava realizando o mesmo passeio que a gente. Até que perto das 8:00h esquentou o suficiente pra eu conseguir tirar a minha blusa de frio e pra fazer a Luciana querer descer do busão.

Nessa hora cheguei a avistar um tucano, voando sozinho e bem alto no céu, mas não fui ágil e por isso não consegui tirar uma foto dessa linda ave.


Às 8:00h a guia começou a guardar as coisas da mesinha, liberou a todos para começarem o passeio e ainda deu mais algumas explicações pra quem precisava, e assim, eu e a Lu nos afastamos do pessoal e saímos juntos rumo ao nosso primeiro ponto turístico de Capitólio.

Cascatinha:


Andamos um pouco pela estrada, até que avistamos um homem próximo a um carro, que foi bem cordial conosco e nos disse que era ele quem cuidava da entrada da Cachoeira Cascatinha, o lugar que conheceríamos agora. Então, após conversar um pouco, seguimos ele e entramos nessa área particular após pagar uma taxa de R$ 5,00 por pessoa [valores de 2019].




Antes de conhecer a cascata andamos até uma casinha para usar o banheiro. A gente até podia fazer isso no ônibus da viagem, mas a Lu preferiu evitar porque na hora haviam muitas meninas conversando, agitando e barrando o caminho por lá.







Após sair da casinha até avistamos outro funcionário da propriedade, que nos disse que ele oferecia passeios 4x4 pela região e que demoravam cerca de duas a três horas para se realizar o passeio, mas como ainda tínhamos muita coisa pra fazer e não estávamos financeiramente preparados preparados pra esse tipo de atividade preferimos recusar o convite.

Dali voltamos para onde estava aquela barraca [que também era usada para vender salgados e coisas do tipo] e fomos guiados por aquele mesmo moço da entrada até que chegamos na área onde ficava a cascatinha.









De onde estávamos não era possível vê-la e para fazer isso era necessário descer as pedras da serra até chegar lá em baixo. A Lu preferiu ficar onde estava e o moço voltou para portaria. Assim, fui descendo sozinho e com calma, descendo pedra a pedra com bastante cuidado, até chegar ao solo.









Daqui aproveitei e tirei uma foto minha e depois da Lu lá no alto.



Ela também não perdeu tempo e também tirou algumas fotos:




Nessa parte de baixo havia um belo riacho de águas límpidas que se despejava serra abaixo, rasgando as encostas e escavando lindas quedas d'água e poços naturais de boa acessibilidade a qualquer visitante.

Saí do local em que estava e fui direto até poder ver a cachoeira da Cascatinha.










Parada para tirar uma selfie!


E continuei seguindo pela margem, passando pelos cantinhos para não molhar o tênis, até que cheguei bem próximo e desbravei minha primeira cachoeira de Capitólio.





Como não dava para avançar mais, voltei tudo novamente até chegar próximo da área onde eu havia descido.







Ao avistar outros visitantes, percebi que também era possível seguir para o outro lado e fui conferir o que havia por ali.








Dessa vez o caminho foi um pouquinho mais complicado porque estava difícil passar de um lado para o outro sem se molhar, mas mesmo assim consegui dar um jeito e cheguei até onde avistei dois túneis. De início até pensei em entrar num deles, mas desisti rapidamente assim que avistei uma bruxinha voando por ali [na hora achei que era um morcego e cheguei na conclusão que se atravessasse demoraria muito para chegar ao outro lado, o que poderia deixar a Lu muito entediada].

E mais uma vez voltei até a chegar naquela área em que eu havia descido.




Escalei pedra a pedra, subindo aos poucos, até chegar aonde a Lu estava me esperando.







Ao invés de voltar, continuamos andando mais um bocadinho pela vegetação até que chegamos a um laguinho, conforme aquele moço da entrada havia explicado pra Luciana.









Aqui paramos para tirar mais algumas fotos:



Ao voltar, ainda aproveitando as pedras a Lu tirou outra foto que também ficou bem legal:


E seguimos tudo de volta até chegar a entrada da propriedade outra vez.





Ao sair dali voltamos para a rodovia e continuamos seguindo nosso caminho. Nosso objetivo agora era ir até o Mirante dos Canyons, local onde se encontra a clássica imagem do Canyon de Furnas, considerada como cartão postal da região, mas isso fica pro próximo post, já que esse está muito extenso e carregado de fotos.

Clique AQUI para ir para a Parte 2 desse relato.

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