Thiago e Lu no roteiro das Grutas

Abaixo estarei colocando o relato do passeio que fiz com a Luciana no dia 24 de Janeiro de 2015, pelo SESC-MG, para a Gruta do Rei do Mato [em Sete Lagoas] e Gruta de Maquiné [em Cordisburgo].


Também aproveitamos para conhecer um pouco mais de Cordisburgo, cidade onde nasceu o famoso escritor Guimarães Rosa, nesse mesmo dia. Confira agora como foi o nosso passeio.

Notas: Como a Lu era comerciária, isso nos ajudou bastante na hora de fechar o pacote porque ela conseguiu um desconto de 15%. Caso tenha interesse em conhecer mais sobre o SESC ou outras boas agências de turismo da região metropolitana de Belo Horizonte clique AQUI.

Acredito que as pessoas de Belo Horizonte e da região metropolitana de Belo Horizonte certamente já conhecem esses destinos, mas para quem é de outros estados ou ainda não conhece, esse é um excelente programa que pode ser feito em um único dia.

A partir de agora estarei contando como foi nosso passeio...

Sábado [24 de Janeiro de 2015]


Na minha casa, acordamos bem cedo, pegamos um coletivo e fomos até o SESC Serviços de Belo Horizonte. Lá fizemos todos os trâmites burocráticos que eles pedem [dar os nomes, conferir documentos e tal...] e com tudo pronto, entramos no ônibus do SESC e seguimos viagem por pouco mais de uma hora, até chegar ao nosso primeiro destino.


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Gruta do Rei do Mato, Sete Lagoas - MG


O principal atrativo de Sete Lagoas é a Gruta do Rei do Mato, que abriga os salões mais impressionantes da espeleologia de Minas. São apenas quatro galerias abertas, porém, com formações surpreendentes como couve-flor, estalagmites com cristais de calcita e estalactites com pontas quebradas.

O ponto alto do passeio é o Salão dos Castelos, onde suntuosas estalagmites se prolongam até poucos centímetros do teto. Também chamam a atenção as colunas paralelas, longilíneas e quase gêmeas, com 13 metros de altura, no Salão das Raridades. No mesmo ambiente estão ainda as helictites, que lembram raízes de plantas. Para facilitar a apreciação, há visitas guiadas, passarelas metálicas, escadas e iluminação artificial.

O nome Rei do Mato surgiu de um ermitão que morava na caverna na época das primeiras explorações, quando a gruta foi descoberta.

Notas: Pessoas com Sinusite ou outras doenças respiratórias devem evitar entrar na Gruta do Rei do Mato, pois ela é bem fechada e circula menos ar por dentro dela, o que pode causar muitos contratempos durante o passeio.

Além da gruta, Sete Lagoas oferece atrações para toda a família como os hotéis de lazer, os muitos pesqueiros e a badalada Lagoa Paulino, cercada de bares e restaurantes.

Fontes Pesquisadas:

https://www.feriasbrasil.com.br/mg/setelagoas/

https://viagemeturismo.abril.com.br/estabelecimentos/br-mg-sete-lagoas-atracao-gruta-rei-do-mato

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Após chegar pelo ônibus de excursão numa viagem bem tranquila até Sete Lagoas, finalmente chegamos próximo de onde pretendíamos. Da portaria até a Gruta do Rei do Mato foi bem rápido e não precisou de muito esforço.

Os guias de lá parecem militares devido a tanta organização, com rádios e um cronograma minuciosamente planejado para as saídas. Primeiramente eles conversam um pouco com os visitantes, pedem para ter consciência, contam um pouco da história do local e por fim realmente começa o passeio.

Essa é a entrada da gruta:



Assim que a gente entra nela já começa a ficar bem diferente. Infelizmente minha câmera não é tão boa para fotos no escuro. O passeio é bem seguro, rápido e em todos os pontos há a devida proteção. Só se pede o cuidado para não usar calçados abertos ou que escorreguem para evitar qualquer tipo de acidente.



















A [ou o] guia explicam muita coisa também, mas como é tão bonito, pra quem gosta de tirar fotos [como eu] acaba perdendo boa parte da explicação "entretido" em conseguir as melhores fotos. O único ponto que acredito ser negativo é para quem tem sinusite, problemas com poeira ou dificuldade de respirar. A Lu não conseguiu adentrar na gruta e acabou ficando do lado de fora me esperando.

Pra quem tem esse tipo de problema aconselho que evite a Gruta do Rei do Mato e vá diretamente para a Gruta do Maquiné, que é mais espaçosa e acaba passando mais ar por dentro dela, o que ameniza bastante os sintomas para quem possui esse tipo de problema. 


Árvore de Chicletes.

Nos arredores da gruta compramos a nossa devida lembrancinha e algum lanche. Outra coisa muito interessante aqui é a Árvore de Chicletes. Nela os guias explicam sobre a conservação para as crianças e pedem que eles colem goma de mascar, babaloo, chicletes e derivados nessa árvore. Parece que as crianças estão escutando direitinho porque a árvore está bem cheia!

Dali tomamos o ônibus novamente e seguimos para o nosso próximo destino...


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Gruta de Maquiné, Cordisburgo - MG


A Gruta de Maquiné foi descoberta em 1825 pelo fazendeiro Joaquim Maria Maquiné, na época proprietário das terras. Foi explorada cientificamente em 1834 pelo naturalista dinamarquês Dr. Peter Wilhelm Lund que, em seguida, mostrou ao mundo essas belezas naturais de raro primor.

Foi na Lapa Nova de Maquiné que Peter Lund descobriu pela primeira vez ossadas fósseis onde destacam-se o Similodon Populator (tigre-dente-de-sabre) e o Nothrotherium Magnuinense (preguiça gigante).

Com sete salões explorados, totalizando 650 metros lineares e desnível de apenas 18 metros, o preparo de iluminação e passarelas possibilitam aos visitantes vislumbrarem as maravilhas da gruta onde todo percurso é acompanhado por um guia local. A Gruta do Maquiné tem como responsável direta de sua gênese e evolução a ação das águas sobre a rocha calcária, a qual vai se desgastando e através de sua dissolução se formam galerias subterrâneas denominadas cavernas.

Repleta de ornamentos naturais, apresenta um dos mais belos acervos de espeleotemas, formas resultantes da deposição da calcita. Os principais espeleotemas encontrados são as estalactites, estalagmites, colunas, cortinas e represas de travertino. Área: 72 hectares / Altitude: 720 m.

A Gruta de Maquiné conta ainda com uma boa infraestrutura de visitação, que oferece restaurante, lanchonete, lojas de produtos artesanais, estacionamento para carros e ônibus e também sanitários.

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Em pouco tempo chegamos ao nosso destino e saímos do ônibus rapidamente. Se tiver apertado [com vontade de fazer pipi ou pupu!], uma dica é perguntar para os próprios funcionários onde tem algum banheiro [que eu me lembre tem mais de um e os visitantes por não saberem acabam se concentrando apenas no que é mais próximo da gruta].

Por ali também existem algumas lojinhas onde você poderá comprar as suas devidas lembrancinhas. Na entrada da gruta [1º salão] também há outra lojinha que vende essas coisas, mas ela é um pouco mais cara.

Entrada da gruta [lado de fora]:


Lado de dentro [1º Salão]:




Diz a lenda que a Gruta do Maquiné já esteve repleta de água, tanto que quem andar pela gruta vai perceber diversas estruturas que serviam para proteger o visitante evitando com que ele escorregasse na água que passava por lá no passado.

Acredito que essa água secou ou esvaziou bastante, tudo por conta do nosso "aquecimento global". E esse problema não foi percebido apenas nessa gruta, mas sim em diversos dos locais em que passamos, onde os nativos da região falavam que antigamente havia muito mais água do que temos hoje.

A gruta também era cheia de morcegos, mas eles ficavam incomodados com o barulho dos visitantes e se mudaram para uma gruta próxima dali, que é fechada para visitação.


Ainda na entrada da gruta nos deparamos com três visitantes inusitados, um é esse sapo da foto acima, que estava passeando calmamente por lá. E também duas araras bem bonitas que estavam voando de um lado para o outro no alto da gruta. Até tentei tirar a foto delas mas saiu muito pequeno e o foco da câmara não estava bem ajustado.

Abaixo estarei colocando algumas fotos de como é o interior da Gruta de Maquiné:











Gostei muito mais do nosso guia, que no explicou as coisas sem base científica e foi mais natural no que falava. Em um dos pontos que passamos há uma pedra que se você cutucá-la sairá um barulhinho bem legal, é só pedir o guia que ele informa onde está a pedra.




















Como a gruta é composta por salões muito amplos, acaba que o ar passa mais facilmente e aqueles que sofrem de algum problema respiratório sofrem menos aqui do que se estivessem em outros lugares mais fechados. Abaixo está o último salão que é aberto a visitação, em que há um buraco:



Desse buraco já surgiram diversas lendas, uma delas é que ele termina em Machu Picchu, no Peru!

Na verdade somente geólogos e pessoas autorizadas podem entrar nesse buraco, que apresenta mais algumas galerias, porém o próprio pessoal que gerencia a gruta prefere deixar ele assim pra não prejudicarem ainda mais o meio ambiente dessa gruta. No passado ela sofreu muita depredação dos próprios visitantes, que arrancavam as pedrinhas brilhantes achando que elas possuíam algum valor econômico.

Ao terminar de visitar as duas grutas, tomamos o ônibus do SESC mais uma vez e fomos almoçar em Cordisburgo.


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Cordisburgo, MG


Cordisburgo está a cerca de 120 km da capital mineira. A partir de Belo Horizonte deve-se seguir pela BR-040, sentido Brasília. A casa onde nasceu o escritor Guimarães Rosa e um roteiro pelo sertão de sua obra são algumas das atrações populares no destino, que também reserva construções históricas como a Capela São José e belezas naturais, como a Gruta de Maquiné.

Quanto a gastronomia, a cidade conta com ótimos restaurantes com panelas grandes sobre o fogão à lenha com feijão tropeiro, frango ao molho pardo e outras especialidades.

Fonte Pesquisada:

http://viagem.uol.com.br/guia/brasil/cordisburgo/planejando-ir/index.htm

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Comemos no Restaurante Sarapalha, que é muito bom. Também existem mais algumas opções de restaurantes por perto.




De barriga cheia, seguimos para o centrinho de Cordisburgo para visitar a Casa do Guimarães Rosa, um famoso Poeta e Escritor brasileiro, que viveu entre 1908 e 1967. Se quiser saber um pouco mais sobre sua vida e sua história clique AQUI.

Assim que almoçamos, pegamos o ônibus e partimos pra perto dali:





A Casa Guimarães é toda enfeitada e repleta de desenhos por toda a casa. No final do passeio uma menina recita um capítulo inteiro de alguma poesia do Guimarães "sem nenhuma colinha". Acho incrível como elas conseguem fazer isso!

Casa Guimarães Rosa.









[Achei curioso que nesse passeio nos encontramos novamente com a Vera, pessoa que conhecemos quando tínhamos viajado para o Santuário do Caraça (MG) - Nunca passou na minha cabeça que reencontraria alguém que conhecemos viajando assim tão rápido!]

Caso tenha interesse em ver como foi a nossa viagem até o Santuário do Caraça clique no link abaixo:

Link AQUI.

Seguindo por mais algum tempinho no ônibus chegamos ao Portal Guimarães Rosa, que é uma praça cheia de esculturas. Dizem que esse portal foi feito em homenagem aos colonizadores da cidade, sendo um deles o próprio Guimarães Rosa.






Andando mais um pouco de ônibus existem algumas esculturas, chamadas de Zoológico de Pedra de Piter Lund. Elas foram construídas em alguns pontos da cidade por um pedreiro da região [ainda vivo, com aproximadamente uns 76 anos - Ano de 2015].

Achei essa iniciativa muito legal. Ele trabalha num elefante gigante [duas fotos abaixo], que na verdade é uma loja de utilidades e ainda vende ingressos para a vista de Cordisburgo do alto desse elefante. Obs.: Por mais estranho que seja o que estou escrevendo, quem chegar lá vai entender facilmente o que estou dizendo agora.




Se você desembolsar um pouco [menos de R$ 10,00 - Valores de 2015] ainda poderá subir no alto da Loja Elefante e terá uma visão panorâmica de Cordisburgo.





Não tem nenhum atrativo especial e o lugar é bem comum, costuma apenas ter alguns rebanhos por perto. Mas, "quem já tirou algumas fotos do alto de um Elefante Loja com vista panorâmica para a cidade e ainda na companhia de dois caciques estilo manequim?"

Após todo esse passeio, pegamos o ônibus e retornamos para o SESC Serviços de Belo Horizonte, e de lá tomamos outro ônibus para as nossas casas.


Passeio Finalizado!

Segue-se abaixo as conquistas do passeio:


Para encerrar esse post com chave de ouro, segue-se o trecho de uma poesia de Guimarães Rosa:

"Olhar para trás após uma longa caminhada pode fazer perder a noção da distância que percorremos, mas se nos detivermos em nossa imagem, quando a iniciamos e ao término, certamente nos lembraremos o quanto nos custou chegar até o ponto final, e hoje temos a impressão de que tudo começou ontem. Não somos os mesmos, mas sabemos mais uns dos outros. E é por esse motivo que dizer adeus se torna complicado! Digamos então que nada se perderá. Pelo menos dentro da gente..."


Fonte Pesquisada:

https://www.pensador.com/poemas_de_guimaraes_rosa/2/

Boa sorte...


... e até a próxima viagem!

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