Open Jiu Jitsu Ibirité 2019

No dia 17/11/2019 participei do meu primeiro campeonato de Jiu Jitsu.


Confira agora como foi o Open Jiu Jitsu de Ibirité e veja como me se saí nele.

Em fevereiro deste ano [2019] comecei a treinar Jiu Jitsu e desde então faço aulas regulares na academia Tayson Team.

Foto após o treino coletivo do sábado, dia 28/09/2019.

Durante boa parte desse tempo fiz algo em torno de três aulas por semana e após alguns meses também passei a frequentar algumas aulas particulares, especialmente aos sábados ou quando se tinha algum feriado prolongado para me aprimorar um pouco mais na arte suave.

Treino particular com o mestre Tayson, no dia 24/10/2019.

E após muito esforço, treinos e dedicação perguntei para o meu professor se poderia participar de algum campeonato e ele disse que sim, e o escolhido para a minha estreia foi o Open Jiu Jitsu de Ibirité, organizado pelo professor Pablo Picaso, da academia Gideões Team.

Professor Pablo Picaso, organizador desse evento.

Open Jiu Jitsu Ibirité.

Antes de começar com o relato, vamos entender um pouco mais sobre o que é o Jiu Jitsu.

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Jiu Jitsu, a arte suave


Jiu Jitsu é uma arte marcial japonesa que se utiliza de técnicas de golpes de alavancas, torções e pressões para derrubar e dominar um oponente. Sua origem, como sucede com quase todas as artes marciais vetustas, não pode ser apontada com total certeza, o que se sabe por certo é que seu principal ambiente de desenvolvimento e refino foi nas escolas de samurais, a casta guerreira do Japão. Contudo, outros levantam a hipótese de ter proveniência sínica, posto que sejam também notadas influências indianas.

O Jiu Jitsu brasileiro é uma modalidade marcial desenvolvida pela família Gracie, no início do século XX, que se tornou uma das formas mais difundidas e praticadas no mundo, principalmente depois das primeiras edições dos torneios de artes marciais mistas [MMA e UFC] no início da década de 1990.

Fonte Pesquisada:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jiu-jitsu

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Alguns dias antes do campeonato tive um problema, meu quimono estava com alguns furinhos e bem detonado [de tanto treinar] e eu não sabia que isso poderia ser um impeditivo, isto é, que meu quimono pudesse ser desclassificado por não estar no padrão ideal.

Minha mãe até chegou a fazer alguns remendos, mas não adiantou muito. Na hora fiquei preocupado, mas meu professor [o Tayson] me informou que lá ele daria um jeito e que eu poderia ficar tranquilo.

Agora sim... passados praticamente 10 meses desde que comecei a praticar o Jiu Jitsu, finalmente chegou a hora de contar como foi o meu primeiro campeonato da arte suave.

Sem mais delongas, vamos ao relato...

Notas: Nesse momento eu ainda estava na Faixa Branca, sem nenhum grau.

Domingo [17 de Novembro de 2019]

Acordei cedo, mas voltei pra cama novamente e levantei mesmo perto das 8:30h. Comi um biscoito integral, mexi um pouco no computador, fiz a barba, lavei algumas vasilhas, tomei um bom banho pra relaxar e almocei algo bem leve pra não ter problemas durante as lutas.

Por algum motivo nessa parte da manhã a Luciana estava muito estressada [talvez fosse ansiedade ou algo do tipo], mas depois acabou acalmando, principalmente na parte da tarde e da noite, que ela estava bem melhor.

Almoço do domingo. Depois que tirei a foto a Luciana ainda incrementou meu prato com um pouco de alface e uns pedacinhos de carne.

Além de nós e uma parte da família do meu professor também iriam as duas colegas da Luciana: a Larissa e a Lorena. Como elas tinham acabado de chegar da escola dominical e eu não poderia esperar mais saí um pouco antes delas, chamei o Tayson na casa dele e fiquei esperando o povo descer.


Após algum tempo de espera ele desceu com sua esposa e sua filha, então pedi um Uber e seguimos rumo ao centro de Ibirité [a Luciana e suas colegas foram em outro Uber pouco tempo depois de nós].


Acredito que demoramos pouco menos de meia hora e perto das 13:00h estávamos chegando ao Shopping Ibirité, local onde estava ocorrendo o evento do Open Jiu Jitsu Ibirité.






O local estava lotado, o pessoal agitadíssimo, cheio de atletas e com o público a todo o vapor. Meu professor sempre cumprimentava alguém que via pelo caminho porque já possui muitos anos de estrada e direto ele participa ou leva alunos para competições de Jiu Jitsu [além de mim também era para vir outro faixa branca, mas ele passou mal e acabou não vindo neste evento].

Assim que cheguei fui ao banheiro para trocar meu quimono e lá o Tayson me emprestou um quimono branco, que eu poderia utilizar nesse dia. Passado pouco tempo a Lu chegou com suas amigas.

Como sou pesado [estava pesando 98,35 kg nesse dia] e estaria participando da categoria de 94 a 100,5 kg, tive de esperar bastante, mas bastante mesmo pra poder entrar na área dos atletas.

Não conseguia saber direito do tempo porque deixei em minhas mãos apenas uma identidade e uma sacolinha com a bolsinha para guardar os óculos. Enquanto aguardava fiquei observando as lutas e vi que em muitas delas a diferença entre os atletas era bem nítida, e por isso vez ou outra o placar ficava bem alto, 18 x 0, alguma coisa a 0 e por aí vai.

Em outras eu percebia que a pessoa havia passado a guarda e dava até pra dar uma boa estrangulada, mas talvez por nervosismo ou desconhecimento os lutadores acabavam deixando a oportunidade passar.

Após um tempo realmente enorme, talvez mais de duas horas, segui até a área onde estavam os atletas competidores. Tinha muito mais gente do que eu havia imaginando [e isso porque as crianças já haviam competido na parte da manhã].

Por aqui fiquei esperando um bocado, conversei mais um pouco com o professor, peguei algumas boas estratégias, vi a pessoa que eu achava que seria meu oponente [um moço super forte da Mamute Team], fiz uns alongamentos, fiquei esperando ainda mais, conversei um pouco com ele, assisti mais algumas lutas pela gradinha que dava acesso aonde estava ocorrendo o campeonato e por fim chegou a minha vez de entrar no ringue.

Me confundi um pouco e quase entro na luta errada. Ao chegar a minha vez de verdade já estranhei porque não vi o menino da Mamute, e sim um cara grande, enorme [que não acredito de maneira nenhuma que ele tenha menos de 100,5 kg] me esperando para o combate. Eu não teria apenas uma luta para tentar o ouro, e sim duas.

Vídeo 01:


Descrição da Luta: Ao ver esse cara gigante e forte já fiquei preocupado, mas, já que estava aqui dei o meu melhor pra ao menos tentar ser um oponente difícil para ele. Ao enfrentá-lo passei muito aperto, porque ele era muito pesado e bem mais forte do que eu, ao ponto que eu quase não conseguia conter sua força, de tamanha que era.

Segui aquelas mesmas instruções que seriam utilizadas contra o aluno da Mamute, tentei me manter de pé e esperar por algum tempo pra ver se o cara não me puxaria para a guarda, e como isso não ocorreu me adiantei e puxei ele pra minha guarda primeiro.

Minha ideia era derrubá-lo com uma raspagem, mas como ele era muito forte e pesado e não consegui completar o movimento.

Nessa hora meu coração estava a mil e nem os maiores desafios do Play City no dia anterior faziam cócegas na tensão que eu sentia nesse momento.

Caso queira ver como foi esse passeio clique no link abaixo:


Link AQUI.

Como não consegui contê-lo, ele acabou passando a minha guarda e nisso o oponente conseguiu 3 pontos. Ele tentava de todas as formas passar a minha guarda ou montar, mas mesmo com muita dificuldade consegui defender tudo, até que em algum momento consegui colocá-lo de volta na minha guarda fechada.

[Nessa hora no vídeo pode até parecer que a luta estava meio parada, mas eu estava na maior luta contra a força insana do meu adversário]

Por fim, ele afastou e se levantou e dessa vez foi ele quem tentou me puxar para a guarda fechada. Mal sabia ele, mas sou quase especialista em passar a guarda nessas horas e com habilidade consegui conter suas pernas enquanto tentava passar sua guarda.

Tive uma dificuldade enorme, pois ainda estava enfrentando aquela força desenfreada e já estava começando a sentir cansaço no corpo, mas como a adrenalina ainda ia a 1000% consegui completar o movimento, o que meu deu 3 pontos, fazendo com que empatasse com ele nessa luta.

Dali tentei montá-lo [só não ganhei os pontos porque ele colocou seu braço por baixo da minha perna] e com esforço tentei estrangulá-lo, mas ele acabou se desvencilhando e saiu dali, fazendo com que tivéssemos de nos levantar novamente.

Olhei o placar rapidamente com meus olhos embaçados e percebi que estávamos no 3 a 3, empatados. Ao ouvir alguém gritar 30 segundos me dei conta de que faltava pouco para a luta acabar e assim que meu oponente voltou até mim tentei a minha última jogada dessa luta: O puxei para a guarda e tentei estrangulá-lo enquanto estava nessa posição.

No início pegou um pouco, mas como ele era forte demais acabou se safando ao tentar me estrangular de volta. Nessa hora ouvi a plateia contando cada um dos segundos que faltavam e o segurei ali até o fim da contagem, com muita dificuldade, pois a luta estava realmente pau a pau.

Quando acabou a luta eu sequer sabia quem estava ganhando ou perdendo e só descobri que fui o vencedor após o juiz levantar a minha mão. Acabou que ganhei a luta por conta de uma vantagem [que consegui nessa hora em que puxei ele para a guarda fechada no final da luta].

Vitória!


Ao terminar a luta eu estava um verdadeiro caco, mal conseguia respirar direito e meu cansaço era enorme, ao ponto que mal conseguia me recompor direito da luta, mas ao menos essa primeira batalha estava vencida.

Após algum tempo de descanso o cara da Mamute lutou contra o mesmo oponente que eu havia lutado antes e o venceu rapidamente. Como ele ainda estava inteiro falou que estava preparado para lutar comigo. Nisso começou minha segunda disputa, agora em busca do ouro.

Vídeo 02:


Descrição da luta: Diferentemente do adversário de antes, este possuía mais ou menos o mesmo peso que eu. Em contrapartida era bem mais técnico, experiente [esse era seu 4º campeonato, sendo que havia ganhado medalha de ouro em todos os anteriores] e ainda possuía uma força ligeiramente maior que a minha. Isso, junto ao cansaço da luta anterior fez com que, novamente, o nível de dificuldade desse embate também fosse bem alto.

No início estávamos tentando fazer a melhor pegada, mas acabou que o menino da Mamute foi mais esperto e me puxou pra guarda fechada antes. Ao que parece, sua intenção era me derrubar com uma raspagem em seguida. Como me equilibrei e não fui derrubado, ele preferiu repor sua guarda para tentar outras coisas.

Nessa hora me levantei, já que não estava conseguindo me desvencilhar dele apenas usando os braços, mas ao ouvir as orientações acabei me ajoelhando novamente, enquanto tentava controlar ao menos um de seus braços.

Todas tentativas que fiz foram falhas e em um momento de descuido meu oponente se desvencilhou de mim e me raspou ganhando 2 pontos. Defendi seu joelho na barriga, mas ele foi mais ágil e foi para as minhas costas.

Nessa hora não consegui me defender direito e tomei um estrangulamento arco-e-flecha, que fez com que eu desistisse do combate e fosse derrotado por ele.

Derrota da minha parte!

Após pegar de volta minhas coisas fomos até a bancada dos juízes, onde recebemos nossas medalhas.


Nessa hora também receberíamos uma camisa, mas como de vez em quando o Pablo treina na nossa academia, falei que eu a receberia depois. Dali fomos para o pódio que estava no cantinho do shopping, onde tiramos várias fotos.

Eu e Tayson [à esquerda] / Eu e Lu [à direita].

Em 1º lugar: menino da Mamute. Eu em 2º no pódio. Infelizmente o outro lutador desapareceu do shopping assim que acabaram nossos combates e não tirou nenhuma foto junto com a gente.

Haroldo, alunos do Haroldo [que também dá aulas numa filial da Tayson Team], eu e o Tayson no pódio.

Atletas e pessoal que estava nos acompanhando, no pódio. A Larissa e a Lorena não quiseram participar dessa foto.

Assim que acabamos de tirar as fotos a Luciana me chamou pra ficar em frente a arena das lutas e tirou outra excelente foto por ali.

Eu, vice-campeão na modalidade entre 94 e 100,5 kg na faixa branca no Open Jiu Jitsu Ibirité.

Notas: Minha cara está meio estranha assim porque estava bem cansado e pra me recuperar estava puxando o ar pelo nariz e soltando pela boca.

Terminado tudo o que precisava, voltei para o banheiro do shopping, onde retirei o quimono e coloquei de volta minhas roupas normais. Dali fomos para a saída e chamamos um Uber de volta para casa, da mesma forma que antes, em dois carros.




Da mesma forma que na ida, a volta foi bem tranquila e nela enquanto conversava pude assistir as lutas que tinha participado vendo os vídeos pelo Whatsapp. No final até cheguei a perguntar se merecia beber uma Sprite e disseram que sim. Assim que chegamos no despedi do Tayson e de sua família e mal o nosso carro chegou a Lu também apareceu com suas duas amigas.

Às 17:00h estávamos novamente em frente a porta da nossa casa. Nesse meio tempo saímos com as colegas da Luciana para tomar um açaí, conversamos mais um pouco. Nos despedimos delas e voltamos só os dois pra casa. Editei mais um bocado do passeio que fiz no dia anterior e guardei na minha coleção a mais nova conquista da viagem, essa medalha de prata do Open Jiu Jitsu Ibirité.

Souvenir adquirido:

Medalha de prata adquirida no campeonato Open Jiu Jitsu Ibirité.

Depois disso bebi minha Sprite com tortinha de frango [infelizmente o refri não estava muito bom] e mais a noite encaramos uma pizza caseira feita pela própria Luciana, mas isso é outra história...


Viagem finalizada!

Como pelas fotos não dá pra ver bem como são as medalhas, vide agora em uma imagem bem mais aproximada:



Extra: Segunda-feira [18 de Novembro de 2019]

Após o treino da segunda-feira tirei as fotos com o pessoal mostrando a medalha adquirida no dia anterior:

Final do treino do dia 18/11/2019, à noite.

Foto com o professor, neste mesmo dia.

Boa sorte...


... e até a próxima viagem! Oss...

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