Thiago e Lu no Santuário do Caraça [p2]

Essa é 2ª parte do relato da nossa viagem ao Santuário do Caraça, em Minas Gerais.


Caso queira ir para o início deste relato clique AQUI.

Continuando com o relato...

DIA 01 - Sábado [30 de Agosto de 2014] - Cont.

Eis aí as belezas dessa igreja:







A ornamentação e a arte da igreja também são muito lindas.









Após dar uma boa passeada e apreciar toda essa arte espetacular saímos pelos fundos da igreja, e ali demos de cara com um imenso e belo jardim.





Além de bonito possui total harmonia com a natureza. Dessa vez estávamos com a nossa guia, que agora estava mais disposta [mas quase sem as outras pessoas do grupo que se dispersou]. E resolveu nos mostrar coisas interessantes.

Diz a lenda que Dom Pedro I visitou o Santuário do Caraça e resolveu passar por esse caminho e em determinado momento tropeçou e caiu. Devido a isto, os moradores da época marcaram a pedra e a data em que ele caiu nesse lugar.




Essa é a pedra que Dom Pedro I tropeçou e caiu.

Durante o fim de semana que passamos no Santuário do Caraça, visitamos diversos lugares e rodamos por todo o Santuário várias vezes. Para que esse relato não ficasse chato e inconsistente, misturei parte dos dois dias de forma que quem visualizar aqui possa ter uma compreensão maior do que o Santuário do Caraça possui.

O passeio acima, por exemplo, provavelmente foi realizado no domingo e não no dia que chegamos [não tenho certeza, mas acredito nisso porque no primeiro dia deu a doida na guia e ficamos praticamente o dia todo sem ela]. O passeio abaixo também provavelmente foi realizado no domingo. É uma das trilhas em que é possível andar sem guia. Bem simples, mas ainda assim bonita.








Outros pontos interessantes de se ver são: um pequeno altar e a via sacra. Na verdade eles estão perto da entrada, mas demoramos um bocadinho pra subir lá porque fomos fazendo outras coisas interessantes primeiro.

Abaixo, o altar:



E agora, a via sacra:






Dali temos essa vista:


Assim, visitamos praticamente tudo nas proximidades do Santuário do Caraça, que é bem pequeno de tamanho. Mas gigantesco em área se considerar toda a mata dos arredores. Quando deu à noite do sábado fomos para parte de trás da igreja para aguardar a vinda do lobo-guará.

Ficamos esperando junto a outros hospedes o tão famoso lobo-guará. a Luciana estava bem cansada e fazia muito frio. Como estávamos esperando a mais de duas horas e o guará não apareceu preferimos nos retirar [por livre e espontânea pressão do frio!] e acabou que não conseguimos ver o lobo-guará pessoalmente.

Abaixo as fotos da parte de trás da igreja onde ficamos e como o padre deixa a comida:



O lobo apareceu aproximadamente às 23:30h nesse dia. Tinha uma paca jogando alguma coisa com o celular que toda hora dava um som de bolha [blu blu blu!], gente falando, pessoas tossindo. E como no dia anterior e nesse teve muitos visitantes durante o dia [principalmente de escolas], provavelmente jogaram alimentos no chão e o guará não ficou à vontade para chegar mais cedo a esse local. 

De acordo com o padre são raras as vezes que os lobos-guará não nos agraciam com sua presença, menos de 5 vezes ao ano. Mas não tem problema, porque reuni algumas fotos da própria internet para se ter uma ideia de como se é a visita do lobo-guará:

ooo ooo ooo ABAIXO NÃO PERTENCE AO RELATO ORIGINAL ooo ooo ooo






ooo ooo ooo ACIMA NÃO PERTENCE AO RELATO ORIGINAL ooo ooo ooo

No passado o padre deixava a carne na parte debaixo das escadas, e foram fazendo assim durante anos e anos. Até que em algum ponto alguém sugeriu que colocassem na parte de cima, onde os visitantes poderiam ver o lobo pegando a carne mais de perto. E como a pessoa disse, deu certo e os guarás não se intimidaram com os humanos.

Há gerações isso é feito, então os filhotes já aprendem isso desde pequenos, que nos fundos da igreja, na escadaria sempre um pouco de carne é dada para eles durante a noite até de madrugada.

Os guarás já estão tão acostumados que nem se incomodam com as fotos, mesmo que estejam com flash. As únicas recomendações mesmo são ficar bem quietinhos e silenciosos pra não assustar os animais e nem fazer gestos bruscos, principalmente as crianças, que podem ser alvos frágeis para eles [já que na natureza os guarás normalmente atacam alvos de tamanho pequeno, inclusive filhotes de outras espécies que fazem parte da sua cadeia alimentar].

Apesar de não parecer, eles são animais selvagens e deve-se sempre ter o devido cuidado e respeitá-los, tanto para não machucar o animal quanto para não se ter alguma má experiência nessa hora.

Lá, o padre ficava chamando o guará assim:

- Guará! Guará! Cadê você guará!!!

[Pena que para nós, dessa vez isso não ajudou!]

Por fim, a partir de agora só colocarei o que fizemos durante o domingo. A começar pelo café da manhã.

DIA 02 - Domingo [31 de Agosto de 2014]

Levantamos de manhã cedo e já fomos direto tomar o nosso café.



Como dito antes, no domingo nossa guia estava mais animada e realizamos alguns passeios para conhecer mais um pouco do Santuário do Caraça. Alguns já foram descritos acima. Um dos passeios que fizemos de manhã foi conhecer as catacumbas.





Há muito tempo atrás, o Santuário do Caraça ficou famoso por ser uma escola onde os padres estudavam e viviam e muitos trabalharam lá por anos. Aos poucos, foi esvaziando e o Santuário deixou de ter esse prestígio, estando agora mais para um ponto de turismo religioso e local de apreciação da natureza. Nessas catacumbas estão os padres que trabalharam lá nessa época principalmente. Acho que algumas pessoas famosas também foram enterradas lá.

Notas: Caso alguém se assuste achando que tem um fantasma na foto onde está escrito "DOMUS SUBTERRANIA ET TEMPORARIA", não se preocupe, não é nenhum fantasma, e sim uma das pessoas que estava conosco quando passamos pelas catacumbas.

A luz estava meio noiada e não queria funcionar direito, deu até um friozinho na barriga, pra mim esse é um dos únicos locais um pouco sombrios do Caraça. O outro é um cemitério que fica próximo da igreja, mas não entramos lá. Não tirei fotos das tumbas para não dar mal agouro, acredito que é melhor respeitarmos os mortos e deixá-los em paz em seu descanso.

Finalmente, faríamos uma trilha para um lugar um pouco mais afastado do Santuário, demoraríamos entre 30 e 40 minutos para ir e voltar, mas uma das pessoas [a Vera!] atrasou um pouco porque esqueceu da vida curtindo.


Assim que ela chegou começamos a caminhada.

Como dito, na maior parte das trilhas um guia do próprio local nos acompanha, e dessa vez não foi diferente [ele quase não falava nada e ficava mais era vigiando o pessoal e recolhendo lixo que os visitantes anteriores deixaram pelo caminho].

A primeira foi a Trilha da Prainha, que é bem fácil e não exige muito esforço, sendo tranquila de caminhar mesmo para as pessoas que tenham alguma dificuldade de locomoção ou possuam idade mais avançada.











Agora a trilha fecha mais um pouco e tem um "pequeno desafio", mas nada preocupante. Uma das pessoas que estava conosco era bem velhinha e ainda mancava, mas conseguiu chegar ao objetivo numa boa.










A prainha em si é somente um pouquinho de areia após o rio, bem simplesinho, mas dá pra aproveitar esse trajeto e seguir a Trilha da Cascatinha para chegar até uma cachoeira bem bonita.








Agora chegamos na cachoeira, que acredito chamar Cachoeira da Cascatinha. Aqui tiramos muitas fotos e descansamos um pouco.











Olhando mais a frente tivemos esse visual.


Na volta, observamos alguns líquens coloridos, que indicam a pureza do ambiente, os mais comuns são o verde e o branco, e em altitudes um pouco mais elevadas os vermelhos e os azuis.



Daqui voltamos para o Restaurante Pe. Tobias, onde almoçamos.


Após almoçar, chegou a hora de dar uma passada rápida em Santa Bárbara. Como era domingo pegamos o comércio praticamente fechado [esse foi outro erro da nossa guia, o certo seria ter invertido o dia do Santuário do Caraça com a ida a Santa Bárbara para pegar tudo aberto], então nos limitamos apenas a ir em uma igreja, tomar um sorvete e ir embora.


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Santa Bárbara, MG


É a cidade mais próxima do Santuário do Caraça, no Parque Natural do Caraça, patrimônio natural e histórico com trilhas e cachoeiras. Além de lobos-guarás, que podem ser vistos ao anoitecer.

Além do Santuário do Caraça, outra atração em Santa Bárbara chama muita atenção é a Matriz de Santo Antônio, que conta com cores vivas e entalhes folheados a ouro. O Memorial de Affonso Penna, ex-presidente brasileiro, é de algum interesse. As principais atrações dentro do Parque Natural do Caraça são a Igreja N. S. Mãe dos Homens, a Mata Atlântica na Serra do Espinhaço, trilhas para as cachoeiras Taboões e Cascatona, além dos lobos-guará espalhados por todo o parque.

Fonte Pesquisada:

https://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/santa-barbara/

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A Igreja que visitamos foi a Paróquia Santo Antônio. Muito famosa nessa região por conter as belas pinturas do Mestre Ataíde e é um exemplo do período em que vigorava o estilo barroco mineiro na arte. Clique AQUI se quiser saber mais da história dessa igreja.

Igreja vista por fora:


Igreja vista por dentro:












Após visitar a igreja, chegou a hora de voltar ao nosso ônibus e finalmente regressar para casa. Fizemos todo o caminho de volta no ônibus de viagem do SESC-MG e descemos em frente ao SESC Serviços de Belo Horizonte.



De lá pegamos um ônibus e fomos de coletivo até a minha casa.


Viagem Finalizada!

E para fechar com chave de ouro se seguem as Conquistas do Passeio:


Espero que tenha gostado de conhecer o Santuário do Caraça e que esse relato possa ajudar alguém que tenha interesse em conhecer mais um pouquinho Minas Gerais, além dos lugares muito tradicionais onde todo mundo já conhece.

Antes de começar a viajar eu achava que Minas não tinha nada de especial e me enganei bastante! Existe um repertório completo de lugares espetaculares e interessantes para se conhecer em todo nosso estado.

- Cadê você guará? Guará? Cadê você guará?


Boa sorte...


... e até a próxima viagem!

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