Sabará, Riqueza das Gerais [p2]

Essa é a continuação do passeio que fizemos para Sabará (MG).


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Continuando com o relato...

Sábado [09 de Novembro de 2019] - Cont.

Mais uma vez o bus continuou com seu caminho pelas ruelas estreitas de Sabará.



Em dado ponto tivemos de descer do ônibus, pois ele não poderia subir até o local desejado. Então tivemos de subir um morrão realmente íngreme num sol que estava escaldante.







Após algum tempo voltamos para o reto novamente e ali avistamos um casarão grande e velho, esse era o Museu do Ouro, o próximo ponto turístico a ser visitado nesse dia.

Neste local funcionou a casa de intendência e fundição do Ouro de Sabará, após a reforma de 1751. O estabelecimento controlava a produção de ouro e efetuava a cobrança do Quinto, imposto destinado à Coroa Portuguesa.

Durante o ciclo do ouro, casas com essa estrutura foram instaladas em Ouro Preto, Serro e São João Del Rei. O térreo era ocupado pela administração e o segundo piso, pela residência do intendente.

Adaptado como museu, encontram-se expostos objetos, equipamentos e maquetes que contam a história da mineração, além de mobiliário da época e peças sacras.

Diferentemente dos outros lugares, aqui finalmente estávamos liberados para tirar fotos.

Quadro da Recepção, 1º andar:


Salão, 1º andar:









Salões Anexos, 1º andar:





Sim, essas são barras de ouro de verdade.




Salão das Maquetes de mineração, 1º andar:







Parte de fora do casarão:






Esse equipamento aí é uma espécie de moinho de engenho que na época era utilizado para quebrar minérios e depois separar o ouro numa espécie de piscininha que estava logo a frente. Como o ouro era mais pesado, ele afundava e o resto era peneirado, seja para ser descartado ou reaproveitado em outra coisa.

Mas aqui, o que mais ganhou o coração da Luciana mesmo foi o pé de jabuticabas [acho que pra ela foi o melhor momento dessa viagem]:


A Luciana, é claro, não resistiu e pegou algumas jabuticabas pra comer.

Após ver o que estava no primeiro andar fomos para o segundo piso, onde a guia explicou mais algumas coisinhas enquanto eu e mais algumas pessoas aproveitávamos pra tirar fotos:


Quarto, 2º andar:





Sala Principal, 2º andar:






Oratório, 2º andar:




Outras salas, 2º andar:



















Como o museu é cheio de antiquários e peças valiosas, os funcionários e vigilantes sempre iam de sala a sala conosco e prestavam atenção a qualquer movimento suspeito. Até coisas bobas, como por exemplo, esbarrar ou encostar em algum móvel antigo era notado por eles e quando isso acontecia pediam pra que a pessoa afastasse um pouco ou deixasse de tocar o objeto em si.

Pinturas de um dos tetos no 2º andar:







De acordo com a guia essas pinturas representavam cada um dos continentes. A imagem da coroa acredito ser da coroa portuguesa, que tinha grande influência no Brasil nessa época.

Vista da Varanda - 2º andar:



Ao sair do museu, a guia deixou para o pessoal duas opções diferentes, voltar pelo mesmo morro de antes para voltarmos pro ônibus ou seguir essa rua até irmos às ruínas da Igreja de Nossa Senhora do Rosário.

Como o grupo era bem engajado e queria saber mais sobre a cidade, optamos por continuar andando até chegar nessas ruínas. E andamos, andamos e andamos mais, até chegar novamente ao centrinho de Sabará...









Ao vir aqui antes eu não tinha percebido, mas logo a frente estavam as ruínas da Igreja de Nossa Senhora do Rosário.


Antes das escadas havia até um pequeno altar para a santa de Nossa Senhora do Rosário.


Subimos as escadarias e chegamos a igreja. Não era possível entrar nela devido ao seu deteriorado estado de conservação.




As obras iniciadas em 1768 foram interrompidas diversas vezes até serem definitivamente paralisadas após a abolição da escravatura, em 1888. A construção inacabada permite visualizar a técnica construtiva adotada nos grandes tempos coloniais, por meio da qual as capelas originais, erguidas em louvor às padroeiras eram aproveitadas nos novos projetos arquitetônicos, sendo alojadas antes do arco cruzeiro. A capela-mor apresenta delicada pintura, e na sacrista, há um museu com imagens sacras.

Vista daqui:


Parte de dentro da igreja:


O local acabou virando mesmo um verdadeiro criadouro de pombos e outros pássaros, que voavam ao redor e por dentro desse local, fazendo muito barulho. Havia até um vigia que protegia o local para evitar que algum desavisado adentrasse esse templo.

Devido a nossa decisão, tivemos de andar um bocadinho pelo centro da cidade até chegar a um local onde poderíamos esperar o micro-ônibus do SESC.








Ao chegar no final da rua esperamos por alguns minutos, até que às 15:38h entramos no micro-ônibus e fizemos nossa viagem de retorno para Belo Horizonte. Mal fechei meus olhos e ouvi a Lu dizer assim: "Já chegamos em BH Thiago".





Às 16:17h estávamos descendo em frente ao Sesc Palladium, em Belo Horizonte. Como na ida a gente tinha andado bastante por desconhecimento, dessa vez resolvemos atravessar o Shopping Cidade e fomos direto até o ponto que a Luciana gosta de pegar o bus de volta pra nossa casa, mas antes, paramos em uma boa lanchonete para bicar alguma coisa.


Lanche da tarde:

Meu lanche: pastéis - 1 de frango, 1 de carne e 1 de queijo mais suco de manga.

Assim que comemos seguimos até o ponto de ônibus, onde esperamos alguns minutos e pegamos um coletivo, dessa vez rumo a nossa casa, em Contagem (MG).


Às 18:07 h chegamos em nossa casa. Ali organizamos algumas coisas, tomei um banho e preparei as conquistas dessa viagem:

Souvenir adquirido:


Conquistas da Viagem:


Considerações finais:

Em momento algum sequer cheguei a cogitar na hipótese de que a Lu teria tanta rejeição a esse tipo de viagem, já que chegamos a visitar outras cidades históricas mineiras anteriormente, como Ouro Preto, Congonhas, São João Del Rei e Tiradentes e em nenhuma dessas viagens a Luciana agiu dessa maneira.

O que pra mim foram momentos interessantes onde eu aprendia mais da história do período colonial brasileiro, de Minas Gerais e de Sabará, para a Luciana certamente foram momentos de muito tédio e desconforto e o que ela com certeza mais desejava era voltar para casa. 

Problemas à parte, isso é tudo. Boa sorte...


... e até a próxima viagem!

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