Intercâmbio no Uruguai [p15]

Chegamos a 15ª parte do relato do que fiz sobre meu intercâmbio no Uruguai.


Nessa parte do relato conto como foi a visita ao Museo El Cabildo, o que vi na parte de baixo da Plaza Independencia e também como foi a aula das 17 horas para melhorar a pronunciação.

Caso queira ir para o início deste relato clique AQUI.

E agora a continuação do relato...

DIA 18 - Miércules, Quarta-feira [22 de Fevereiro de 2017] - Cont.

Ao término da aula, resolvi almoçar num dos restaurantes próximos dali. O restaurante escolhido dessa fez foi o Tupique. Como estava com dúvida no que comer acabei pedindo um prato simples, com purê de batata, que ao menos veio com um postre de brinde!




Ao sair resolvi ver o que tinha dentro do museu El Cabido de Montevideo, que estava na praça.



Perguntei aos atendentes se o recinto estava aberto e confirmaram que sim, e comecei a andar pelo local. O museu era basicamente assim, tinha uma espécie de pátio central...




... e também era dividido em várias salinhas, cada uma apresentando alguma coisa. Comecei a explorar uma sala extensa que estava na parte à direita do primeiro andar.











Esse edifício funciona como um museu histórico, que entre outras coisas se encarrega de promover a interação entre os entornos educativos, culturais e artísticos da cidade de Montevideo.

Outro dos aspectos mais importantes do museu é a "conservação preventiva da coleção". Trata das emergências e necessidades das peças que compõem o patrimônio do país [como coleções iconográficas, planos, documentos, livros, peças têxteis e diversos objetos].

















Eram muitas peças, mas meu objetivo por aqui foi apenas matar a curiosidade e ver o que existia nesse museu, nem me dei ao trabalho de ficar lendo as coisas, até porque deveria voltar pra Academia Uruguay mais tarde e ainda tinha que levar a roupa para a lavanderia.






Além dos quadros e telas, também ficavam rodando algumas projeções. Após olhar o lado direito, passei pelo balcão de atendimento novamente e segui para o lado esquerdo, onde encontrei uma sala bem interessante, em que havia uma maquete dessa linda cidade portuária chamada Montevideo.



Até gravei um vídeo para mostrar melhor essa maquete:

Vídeo 12:


Não tive acesso a próxima sala porque nela existiam alguns arquivos com documentos reservados, que só podiam ser pegos com autorização.


Entrei no pátio e atravessei o corredor.





E segui para o segundo andar.




Essa era a vista daqui:


Dali entrei numa salinha chamada "LA LLAVE DEL PLATA".





Mais uma vez, observei mais objetos e quadros relacionados a história da cidade.















Dali segui para a próxima sala.












Diferentemente das outras salas, essa de agora era bem escura e nela se podia ver várias vestimentas de época.









Próxima sala... Assemblea constituyente y legislativa del Estado.



Os quadros daqui eram bem interessantes também.



Mais uma sala...











Visto tudo, só faltou tirar uma selfie pra comprovar que estive por aqui.


Ao sair do museu voltei para a Plaza Independencia, mas dessa vez parei no meio do caminho porque observei um detalhe interessante que havia passado batido até esse momento.



Olhei pra essas escadas e me perguntei: Será que tem algo lá em baixo também? Então fui conferir.



Pra minha surpresa tinha sim, então entrei pra ver o que tinha lá dentro e me deparei em um salão enorme, com algum tipo de objeto que estava sendo protegido pelos soldados.




Até o momento eu não tinha reparado, mas aquele cavaleiro no cavalo lá em cima representava o General José Gervasio Artigas. Ele foi um político e militar uruguaio, sendo o herói nacional do seu país.

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General Artigas


Estudou no Convento de São Francisco, sendo depois mandado pelo pai para o interior, onde passou a juventude entre gaúchos, índios e tropeiros. Dedicou-se ao comércio de couro e gado, percorrendo todo o Uruguai e adquirindo influência junto à população rural.

Em 1797 ingressou no Regimento de Lanceiros como tenente. Durante a guerra hispano-portuguesa, combateu os ingleses no Prata, aliados dos portugueses. Nessa época iniciou-se o movimento de libertação das colônias espanholas e Artigas juntou-se aos insurretos, sendo nomeado tenente-coronel pela junta de Buenos Aires. Derrotou os espanhóis na batalha de San José, em 1811, obrigando o chefe da guarnição espanhola a retirar-se com suas tropas para Montevidéu. Derrotou novamente os espanhóis na batalha de Las Piedras e sitiou a cidade. Divergindo do governo de Buenos Aires, retirou-se para o interior.

Após as resoluções do Congresso de Tucumán, Artigas uma vez mais entrou em guerra contra o exército luso-brasileiro que invadira a Banda Oriental. Derrotado na batalha de Catalán, em 1817, Artigas iniciou movimentos de guerrilha que duraram três anos. Não podendo mais resistir, após a derrota na Batalha de Tacuarembó em 1820, asilou-se no Paraguai, onde morreu trinta anos depois, sem haver retornado a seu país.

Fonte Pesquisada:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Artigas

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Pelas paredes era possível ver várias menções aos seus feitos.







Também vi inscrições no chão, mas preferi não colocar as fotos aqui porque tinha muita coisa e não achei relevante. Depois de observar tudo um pouco e tirar as fotos que queria, voltei pra parte de cima da Plaza novamente.


Assim que voltei e cheguei na Casa da Família, saí dali e fui levar as roupas sujas para a lavanderia.



Às 15:40h voltei para a casa novamente. Não tive nem muito tempo de descansar, então me banhei, esperei um pouco e às 17:15h estava eu de volta a Academia Uruguay. Tive aula com a mesma professora que dava aula pra gente de manhã, e o Míchel também estava lá.

A aula começou de forma tradicional, explicando algumas coisas sobre a fonética e depois com a gente observando algumas diferenças na pronunciação, com atenção especial ao 'r" e ao "rr", que costumam provocar muitas dúvidas nos alunos do idioma espanhol.




Caso tenha interesse, já fiz um post especial sobre isso.

Para acessá-lo clique AQUI.

Uma coisa bem curiosa dessa aula foi que em algum momento da aula o Míchel começou a implicar com a professora porque queria que ela falasse como os espanhóis [porque ele estava estudando aqui pra voltar pra Espanha e assim poder arrumar trabalhos por lá também], mas a professora não entendeu a pergunta dele e achou muito estranho, e disse que a RAE, a Real Academia Espanhola aceita os três tipos de pronúncia diferentes e o informou que aquilo que ele pedia não tinha sentido nenhum. Ele não aceitou de jeito nenhum e custou a ceder, mas depois de algum tempo se acalmou novamente.

[Na minha opinião, se você está em Roma haja como os romanos. Querer obrigar com que os uruguaios falem como os espanhóis não tem sentindo algum mesmo. É quase que dizer que a cultura europeia é superior a nossa aqui da América do Sul, por isso que também sou contra os argumentos dele.]

Em seguida, a professora nos mostrou um vídeo bem legal com um trava-línguas pra lá de interessante, chamado, ¿Cuantas erres tiene tu vino?

Vídeo 13:


Legendas:


Após elucidar a ideia ela nos passou outros trava línguas e cada hora um tinha que tentar, era bem difícil de falar tudo e direto a gente errava e não conseguia completar as frases direito.




Essa não foi uma aula longa, mesmo assim foi muito produtiva. Ao acabar a classe voltei junto com o Míchel, que mostrou outras lojas que eu poderia estar comprando pelo caminho quando não quisesse jantar.

Em uma delas até aproveitei para comprar umas empanadas para comer quando chegasse na Casa da Família.



Quando chegamos, fiquei conversando mais um pouco com ele e comi minhas empanadas.



Depois fiz a divulgação do blog e passei o restinho do dia vendo animes. Dormi mais ou menos às 00:40h. Dia finalizado!

Clique AQUI para ir para a Parte 16 desse relato.

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