Intercâmbio no Uruguai [p23]

Essa é a 23ª parte do relato do que fiz sobre meu intercâmbio no Uruguai.


Nessa parte conto como foi o meu último dia de aula na Academia Uruguay e ainda como foram a visita ao Mercado del Puerto e o Museo del Carnaval.

Caso queira ir para o início deste relato clique AQUI.

E agora a continuação do relato...

DIA 27 - Viernes, Sexta-feira [03 de Março de 2017]


Acordei às 7:30h e lanchei pãezinhos dessa vez porque já estava enjoado de comer cereais pela manhã! Depois segui para a Academia Uruguay, onde teria a minha última classe do curso regular de intercâmbio nesse país.

Nesse ponto minha turma já estava bem diferente e do meu antigo grupo só restavam eu e aquela menina que ficaria um ano por aqui por conta de seu marido ser um militar do exército brasileiro a serviço em outro país.




Em uma parte da aula a professora estava frisando sobre o "Lo", que muitas vezes é utilizado erroneamente pelas pessoas, e isso acontece principalmente por que elas costumam ver filmes americanos de baixa qualidade que zoam da cultura espanhola ou hispano-americana e utilizam esse termo da forma errada.

Por exemplo:

Lo Hombre -> Incorreto - El Hombre = > Correto;

La Mujer.

Vide mais alguns exemplos, agora em espanhol:

Apesar do "Lo" também poder ser usado como um pronome, isso é um pouco mais avançado e até de difícil compreensão para quem não está habituado a estudar esse idioma, e falar errado desse jeito com os outros pode soar de forma bem pejorativa para os nativos da língua espanhola. Então é muito importante que seja evitado ao máximo possível.

O "los" é utilizado para o plural do masculino:

Pra quem já compreende um tiquinho de espanhol também vou deixar aqui como funcionam as regras para formar o plural das palavras nesse idioma:


E como de praxe, a professora nunca esquecia de passar coisas da apostila [que era o que utilizávamos de base para seguir adiante com as matérias] e aqueles joguinhos tradicionais do Uruguai.


Ao dar o intervalo entrei na Mio pela última vez e comprei um empanado, não resisti e já comecei a comer ele enquanto estava subindo as escadas da Academia mesmo.

Ao dar uma bisolhada no mural percebi que ainda dava pra fazer uma atividade para esse dia, então anotei meu nome para a seguinte atividade: Taller cine-debate para às 16:30h.

Ao voltar continuaram com aqueles joguinhos:



e... tentaram enfiar goela abaixo mais um pouquinho da cultura uruguaia para nós!


Isso era algo que eu não gostava muito por aqui. Talvez por ser um povo pouco conhecido pelo resto da América do Sul os uruguaios sentem uma vontade enorme de empurrar para a gente toda a cultura que eles possuem no menor tempo possível! O Míchel uma vez reclamou que em uma unidade mais avançada eles deixaram uma unidade inteira com foco somente sobre coisas do carnaval uruguaio e da história desse país.

E claro, o que também não faltou nessa aula foram as musiquinhas. Eis aí uma bem interessante: Candomble para Figari, de Tabaré Ribero.

Vídeo 22:


E outra: Ocho letras, do mesmo autor.

Vídeo 23:


Ao acabar a aula me despedi da professora e dos colegas que restavam e segui em direção ao litoral, já que queria conhecer o Mercado del Puerto.



Andei um bocado e pelo caminho encontrei um restaurante diferente para almoçar.



Comi uma carne con ensalada, um prato que saiu bem em conta, já que o lugar era frequentado mais pelos nativos e não fazia parte do circuito turístico de Montevideo. Após isso segui para outra rua e continuei andando.




Depois de andar mais um pouco, ao me informar com outras pessoas disseram que era melhor eu voltar para a rua que eu estava antes porque lá era mais movimentado e fácil de se localizar.








Ao chegar numa praça perguntei a duas jovens bem bonitas que estavam sentadas próximas à um poste e perguntei para elas onde era o mercado do porto. Com poucas das minhas palavras elas me perguntaram se eu era brasileiro e confirmei que sim. As duas também falaram que eram do Brasil [não lembro de onde mais] e ficamos conversando por algum tempo.

As duas brasileiras.

Achei as duas bem educadas e receptivas e descobri que o mercado estava atrás de mim, então me despedi delas e entrei lá para ver o que esse mercado tinha por dentro.








Do lado de dentro existiam alguns restaurantes e também algumas lojinhas, que vendiam vestuário e lembranças para os turistas. Como eu já tinha almoçado e estava com pouco dinheiro, acabou que não comprei nada e apenas perambulei por pouco tempo dentro desse local.

Como eu já estava bem perto da costa resolvi me aproximar mais do mar e por isso andei mais um pouquinho.


Até tentei chegar perto, mas as ondas estavam muito fortes e ventava muito, por isso preferi sair dali e andei mais um pouco pela costa.




E parei para observar uma construção avermelhada, que possuía um estilo bem diferente das outras construções uruguaias.


Até que olhei para a janela e me dei conta que aqui era o Museo del Carnaval.



Ao entrar dei de cara com uma lojinha. Me limitei apenas a comprar um souvenir e a pagar a taxa de entrada.


Ao atravessar a lojinha me dei de cara com um galpão enorme. Se por fora parecia que o lugar era todo fechadinho por dentro a gente via algo bem diferente.


E comecei a explorar o lugar.







O lugar contava um pouco da histórica do carnaval e das Murgas, um espetáculo típico uruguaio, também abrigava muitas das máscaras de carnaval e dos cabezudos [cabeçudos], um adorno feito de papel machê com formato de cabeça gigante, utilizado nas festividades carnavalescas de Montevideo.









Em uma das áreas separadas para as exposições estavam algumas miniaturas de bonequinhos no tablado que achei bem legais.








Outra sala, dessa vez com foco apenas nas fantasias carnavalescas.







Apesar do galpão ser bem extenso, ele estava bem dividido e sinalizado e em cada espacinho era possível reparar alguma coisa diferente relacionada ao carnaval uruguaio.







Após ver tudo isso cheguei na única divisão que existia nesse galpão, mas ao olhar de relance percebi que a área funcionava como um bar, por isso só entrei rapidamente e fiquei por pouco tempo nesse local.







Na parte de trás desse galpão existia até um pequeno tablado de carnaval.



Como faltava pouco tempo para às 16:00h, saí dali e andei todo o caminho de volta, até chegar a Academia Uruguay novamente, mas vou continuar o relato no próximo post, pois esse já está muito extenso e carregado.

Clique AQUI para ir para a Parte 24 desse relato.

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